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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Exame detecta um dos principais riscos de parto prematuro

17/11/2015
Texto
Da redação
Imagens
Antoninho Perri
Edição de Imagens
Luís Paulo Silva

Comemorado todo dia 17 de novembro, o Dia Mundial da Prematuridade foi criado em 2012 para chamar a atenção para um problema que atinge 15 milhões de crianças todos os anos ao redor do mundo. No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o equivalente a 931 por dia ou a 6 prematuros a cada 10 minutos. Mais de 12% dos nascimentos no país acontecem antes da gestação completar 37 semanas, o dobro do índice de países europeus. Os problemas da prematuridade vão além do baixo peso. Um prematuro precisa de cuidados especiais em UTI, o que aumenta em três vezes o risco de morte e sequelas futuras para sua vida adulta. 

É possível reverter esse quadro ao identificar e combater precocemente as causas da prematuridade. Estudo brasileiro da Unicamp avaliou 30 mil partos e concluiu que 70% dos nascimentos prematuros ocorrem por causas espontâneas, que podem gerar encurtamento do colo do útero e sangramento vaginal. 

Gestantes de todo o Brasil entre a 18ª e a 23ª semana já podem contar com um exame gratuito para detectar ao menos um desses riscos: o encurtamento do colo de útero. A iniciativa faz parte de uma pesquisa científica que pretende entender as melhores formas de se evitar o nascimento prematuro no Brasil e no mundo. Além de evitar o nascimento prematuro de seu bebê, as gestantes participantes do estudo receberão acompanhamento ao longo de toda a gravidez e ainda contribuem com a pesquisa científica que pretende prevenir o problema no país.

Liderado pela Unicamp, o estudo “Progesterona e Pessário cervical para Prevenir Parto Prematuro ou Estudo P5” terá duração de dois anos e espera beneficiar 30 mil mulheres em todo o país. “Pouco se sabe sobre as situações que disparam o trabalho de parto. Quando notamos que há um encurtamento no colo do útero, sabemos que essa mulher está sob risco de parto prematuro”, explica o pesquisador da Unicamp responsável pela pesquisa, Rodolfo de Carvalho Pacagnella. “O objetivo do estudo é atuar antes que o trabalho de parto se desenvolva”, informa.

Para acompanhar o comprimento do colo do útero e detectar riscos de encurtamento, o estudo P5 vai disponibilizar gratuitamente pelos próximos dois anos um exame de ultrassom específico em 17 hospitais espalhados pelo Brasil, todos vinculados ao Sistema Único de Saúde. Mulheres entre a 18ª e 23ª semana de gestação que aceitarem participar da pesquisa podem realizar o ultrassom transvaginal para medir o colo do útero e identificar alterações que podem levar a um parto prematuro. Basta agendar o exame por meio do site: www.prevenindopartoprematuro.com.br. Na Unicamp, o exame será feito no Hospital da Mulher Prof. Dr. José Aristodemo Pinotti - Caism.

O ultrassom leva cerca de cinco minutos e a gestante sai do centro já com o resultado. Se nenhuma alteração for identificada, ela é aconselhada a seguir com seu pré-natal regular. Se o encurtamento do colo do útero for detectado, a gestante receberá acompanhamento especial para evitar o trabalho de parto prematuro. Serão fornecidas cápsulas de progesterona, um hormônio que a mulher já produz naturalmente, ou um anel de silicone para fechar o colo e diminuir a possibilidade de um nascimento antes da hora. Ambos são inseridos na vagina até o final da gestação. As participantes receberão acompanhamento regular da equipe até o parto.

O estudo P5 é um dos doze projetos de pesquisa brasileiros em prematuridade que estão sendo financiados pelo Ministério da Saúde, CNPq e Fundação Bill & Melinda Gates desde 2014. Eles fazem parte do programa Grandes Desafios Brasil: Prevenção e Manejo de Nascimentos Prematuros, iniciativa lançada em 2013 com o objetivo de investir em pesquisas capazes de entender as causas de nascimentos prematuros e oferecer soluções inovadoras para reduzi-los no Brasil e no mundo. Selecionados em meio a 156 propostas, os doze projetos de pesquisa brasileiro receberam R$ 8,4 milhões para serem desenvolvidos ao longo de dois anos. 

Se você está grávida e tem menos de 18 semanas de gestação, informe-se sobre o estudo.  A sua participação pode evitar o nascimento prematuro do seu bebê e beneficiar outras mulheres depois que os resultados do P5 forem divulgados.

Serviço para a gestante:
Para localizar o centro mais próximo e agendar o exame acesse o site oficial do projeto: www.prevenindopartoprematuro.com.br
Para saber mais sobre o estudo: Facebook/Prevenindo Parto Prematuro

Centros Participantes do Estudo que oferecem o ultrassom

SÃO PAULO
•Campinas:              Caism - Unicamp
                                Maternidade de Campinas
•Jundiaí:        Hospital Universitário - Faculdade de Medicina de Jundiaí
•São Paulo:           Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
                             Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha
•Ribeirão Preto:    Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina -HCFMRPUSP

RIO GRANDE DO SUL
•Porto Alegre:Hospital de Clínicas de Porto Alegre - HCUFRGS

RIO DE JANEIRO
•Rio de Janeiro:         Instituto Fernandes Figueira (IFF)
                                 Maternidade Maria Amélia Buarque de Holanda

MINAS GERAIS
•Belo Horizonte:  Maternidade Odete Valadares

BAHIA
•Salvador:         Maternidade Climério de Oliveira

PERNAMBUCO
•RecifeInstituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP)
•Petrolina:   Hospital Dom Malan

PARAÍBA
•João Pessoa:       Hospital Universitário Lauro Wanderley  - UFPB
•Campina Grande:    Instituto de Pesquisa Professor Joaquim Amorim Neto (ISEA) 

CEARÁ
•Fortaleza:    Maternidade Escola Assis Chateaubriand

MARANHÃO
•São Luís:Universidade Federal do Maranhão - UFMA

DISTRITO FEDERAL
•Brasília:    Hospital Federal Asa Norte e Asa Sul

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