58% das armas da PB são ilegais; 90% do arsenal estão nas mãos de civis
O tráfico de armas é considerado o segundo crime organizado mais lucrativo do mundo, perdendo apenas para o de drogas. Conforme levantamento da ONG Viva Rio, 266.580 armas circulam na Paraíba e 58% delas são ilegais, ou seja, estão nas mãos de bandidos ou de pessoas despreparadas para manuseá-las. Do total de armas que circulam no Estado, apenas 10%, cerca de 26 mil, pertencem às Forças Armadas, segundo o Conselho Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça. A maioria do arsenal registrado (102.073) está com pessoas físicas, segurança privada e nas lojas de armas.
O secretário de Segurança Pública, Cláudio Lima, afirmou que estão sendo adotadas medidas de repressão e ações preventivas para retirar as armas ilegais de circulação. No entanto, ele reconheceu que não há um controle sobre a circulação e entradadelas no País, nem na Paraíba, já que há fronteiras descobertas, facilitando a ação dos bandidos.
O combate ainda esbarra numa constatação: há policiais envolvidos no tráfico. A Operação Squadre, deflagrada no último dia 9, pela PF mostrou o exemplo do major Gutenberg Nascimento, que responde por acusações de envolvimento com grupos de extermínio e tráfico de armas. A milícia que comandava, segundo a PF, tem ligação com a compra e venda de armas e munições.
Por causa das denúncias do envolvimento de policiais com este crime, a Seds também está tentando estreitar o controle das armas utilizadas por seus homens, mas admite que é difícil. Entre os planos para melhorar o acompanhamento do armamento, existe a expectativa de que a próxima aquisição traga unidades com chips e, no futuro, equipamentos bélicos monitorados com GPS.
NO BRASIL- Do total de armas que circulam no País – 16 milhões – apenas 10%, o que corresponde a 160 mil, estão nas mãos da Segurança Pública, segundo estimativa feita em 2011 pela ONG Viva Rio com base em dados do Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal/MJ. As demais – 90% – que somam 14,4 milhões, estão com a população e com criminosos.
Jornal Correio da Paraíba
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