ONU saúda compromissos do Iêmen em acabar com recrutamento de crianças nas forças armadas do país
Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para Crianças e Conflitos Armados, Leila Zerrougui, saudou ontem (28) os compromissos assumidos pelas autoridades do Iêmen para acabar com o recrutamento e uso de crianças em forças armadas do país.
“Estou animada com a promessa do Presidente Abdrabuh Mansour Hadi e outros no Governo para acabar com o recrutamento e uso de crianças por forças do governo”, afirmou Zerrougui, que se encontrou com o Presidente e outros altos funcionários, bem como membros da sociedade civil, durante sua visita ao país que começou segunda-feira (26).
A reestruturação da segurança do país e das forças armadas é um dos elementos do processo de transição democrática em curso no Iêmen, após protestos do ano passado que levaram à renúncia do ex-Presidente Ali Abdullah Saleh.
Quatro grupos no Iêmen estão listados na “lista da vergonha” do Secretário-Geral por recrutamento e uso de crianças: as forças armadas iemenitas; a Primeira Divisão Blidada de Ali Mohsen; a milícia tribal pró-governo e o grupo armado Al Houthi.
Zerrougui disse que o compromisso do Governo abre o caminho para o desenvolvimento de um plano de ação para lidar com a separação, prevenção e reintegração de crianças, de acordo com resolução do Conselho de Segurança 1612, adotada em 2005.
Acordo permite avanços na transição democrática
Também na quarta-feira (28) um acordo foi alcançado para resolver o problema da atribuição de lugares para a Conferência Abrangente de Diálogo Nacional, um elemento chave da transição democrática do Iêmen.
A Conferência está prevista para acontecer ainda este ano e seu resultado irá alimentar o processo de confecção da nova constituição, que deve ser concluída no final de 2013 permitindo que eleições gerais aconteçam em fevereiro de 2014.
O Assessor Especial da ONU para o Iêmen, Jamal Benomar, foi o responsável por acabar com o impasse. A resolução apresentada por ele inclui a alocação de 112 dos 565 lugares na conferência para o maior partido do país, o Congresso Geral do Povo e seus aliados; 85 lugares para o partido de oposição Houthis; e 40 lugares cada, para mulheres e jovens ativistas.
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