Primeiro Fórum da ONU sobre Empresas e Direitos Humanos acontece em dezembro
Cerca de mil convidados participarão da maior discussão global sobre os impactos das atividades empresariais e os direitos humanos, que se realizará em Genebra entre 3 e 5 de dezembro de 2012. Os participantes, provenientes de 85 países, vão participar do primeiro Fórum das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos.
“O primeiro Fórum já ultrapassou todas as expectativas. A participação muito maior do que esperada indica o interesse de todas as partes na agenda das empresas e direitos humanos “, disse Puvan Selvanathan, que atualmente dirige o grupo de especialistas da ONU encarregado de organizar o evento.
O Fórum foi concebido para promover a implementação dos Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos, um conjunto de regras internacionalmente aceitas, que fornecem um padrão global para prevenir e combater o risco de impactos negativos nos direitos humanos ligados à atividade empresarial.
Os Princípios Orientadores delineiam o que os Estados e as empresas devem fazer na prática para prevenir e tratar os impactos e garantir acesso a recursos eficazes para aqueles cujos direitos tenham sido prejudicados pela atividade empresarial.
“Eles também dão às empresas previsibilidade no que se espera delas e fornecem a outras partes interessadas, incluindo a sociedade civil e os investidores, as ferramentas para medir o progresso onde mais importa – na vida diária das pessoas”, disse o ex-Representante Especial do Secretário-Geral sobre a questão, John Ruggie, que liderou o trabalho para desenvolver os Princípios. Ruggie foi nomeado o primeiro Presidente do Fórum. “O trabalho para a plena implementação dos Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos está apenas começando”.
“O primeiro encontro mundial de Empresas e Direitos Humanos será uma oportunidade para todos os interessados de discutir os desafios na implementação dos Princípios Orientadores em determinados setores, em ambientes operacionais e em relação aos direitos de grupos específicos, e para identificar as boas práticas e oportunidades de diálogo e cooperação em busca de soluções “, Selvanathan disse.
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