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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012


Com corpo de criança, boneca é nova concorrente da Barbie

MARGARIDA TELLES

Quem aqui gostaria de ter pernas e cintura mais finas, peitos maiores, nariz arrebitado, olhos azuis e cabelo liso e loiro? Ou pelo menos uma dessas coisas? Hoje estou em paz com minha imagem, mas ao longo da vida já quis cada uma dessas coisas. Claro que sofri influência de Hollywood, das revistas femininas, de comerciais com modelos, etc e tal. Mas algumas pessoas iriam mais longe, e diriam que esse padrão de beleza praticamente inatingível começou a ser incutido em mim no começo da infância, com a Barbie (foto ao lado).

Não sou tão radical a ponto de me opor às Barbies (e suas concorrentes, Bratz e Monster High). Mas me preocupo com o modo como as crianças hoje adquirem trejeitos adultos mais cedo, e não sei se brincar com bonecas tão sensuais contribui pra isso, mesmo que as crianças não entendam o apelo sexual dos brinquedos. Também acho que as bonecas refletem um tipo de corpo que dificilmente uma menina terá quando mais velha, o que pode gerar frustrações durante a adolescência.

Por isso, gostei muito da Lottie, uma  boneca lançada no Reino Unido em meados de setembro (nas fotos abaixo). Ela não se parece com uma atriz ou modelo. A boneca não tem seios ou cintura marcada, nem pernas longas ou maquiagem. Suas coxas são absolutamente normais, e sua barriga não é “negativa”. Suas proporções foram pensadas por dois especialistas em nutrição, para que refletissem as proporções de uma menina de nove anos (exceto pela cabeça enorme). E as suas roupas são  femininas mas bastante infantis, com sobreposições e sem decotes ou micro saias. No lugar de salto alto, elas têm botas fofas ou tênis, ideais para quem gosta de correr ou brincar.

A empresa que a produziu, chamada Arklu, recebeu diversos prêmios pela boneca e pela iniciativa de promover a consciência corporal. Claro que nem tudo é cor-de-rosa. A mesma empresa criou no ano passado as bonecas sósias de Kate Middleton, tão magras quanto a duquesa de Cambridge real. E as atividades da  Lottie são um pouco fora da realidade da maior parte das crianças, como brincar com seu pônei (tá ai outro trauma de infância, sempre quis um!). Mesmo assim, achei a iniciativa muito positiva.

E você, é preocupada com as bonecas de sua filha? Gostaria de ter uma Lottie?


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