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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012


Falsa neurociência perpetua a diferença entre os sexos, diz autora

da Livraria da Folha

Pesquisas que comprovam a diferença biológica entre os sexos são bobagens pseudocientíficas e sexistas que alimentam o preconceito na sociedade, defende Cordelia Fine em "Homens Não São de Marte, Mulheres Não São de Vênus".

No livro, fundamentada em pesquisas e com um peculiar senso de humor, a autora busca mostrar que as diferenças entre os sexos são criadas pela comunidade, parte do contexto social, não por fatores genéticos inalteráveis.

Mulheres são coletoras, homens caçadores. As fêmeas têm mais empatia, machos são lógicos. Para Fine isso não passa de uma tentativa de manter uma sociedade de "castas sexuais". A ideia esconde a prerrogativa de que homens são melhores advogados, cientistas e engenheiros; mulheres são boas acompanhantes, facilitadoras de grupos e professoras primárias.

Divulgação
Como o neurosexismo cria
a diferença entre os sexos
Sem desmerecer ou exaltar nenhuma profissão, Fine resume essa teoria da seguinte maneira: "em média, a inteligência das mulheres é mais bem empregada para deixar as pessoas à vontade, enquanto os homens se dão melhor entendendo o mundo e construindo e consertando as coisas que precisamos nele".

"Não existe nada de novo na ideia de procurar no cérebro a explicação e a justificativa do status quo do gênero", escreve Fine na introdução da edição. No século 17, Malebranche afirmava que o abstrato era incompreensível às mulheres dada a delicadeza de suas fibras cerebrais. "Um excesso de pensamentos abstratos faria com que essas fibras se rompessem!", conta.

"Homens Não São de Marte, Mulheres Não São de Vênus" é uma clara referência a um dos mais conhecido livros que propagam essa ideia, "Homens São de Marte, Mulheres São de Vênus", o best-seller de John Gray.

Cordelia Fine é pesquisadora do Centro de Psicologia Aplicada e Ética Pública da Universidade de Melbourne, formada em psicologia experimental na Universidade de Oxford, com mestrado na Universidade de Cambridge e doutorado na College London. Certamente a continuidade dessas teorias traz incomodo a autora, que reconhece ter enfrentado pensamentos desse tipo algumas vezes em sua carreira científica.


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