Contribua com o SOS Ação Mulher e Família na prevenção e no enfrentamento da violência doméstica e intrafamiliar

Banco Santander (033)

Agência 0632 / Conta Corrente 13000863-4

CNPJ 54.153.846/0001-90

sábado, 8 de dezembro de 2012


Mulheres aparecem menos do que homens na TV, mostra estudo americano


JULIANA VINES
DE SÃO PAULO

Mulheres aparecem menos do que os homens em programas de entretenimento na TV e, quando aparecem, estão em posições inferiores ou estereotipadas.
A conclusão é de uma pesquisa americana que analisou 11.927 personagens de 129 filmes, 275 programas de horário nobre e 36 atrações infantis dos Estados Unidos.
O trabalho quantificou a participação dos personagens de cada sexo, a forma como eles são retratados (comportamentos, roupas) e suas atividades profissionais.
Em apenas 11% dos filmes (todos do gênero "família") e 19% dos programas infantis as mulheres aparecem a mesma quantidade de tempo que os homens. "A maioria das histórias são centradas no masculino. Cerca de 75% dos diálogos são feitos por homens", diz o texto da pesquisa, feita em parceria entre a Universidade do Sul da Califórnia e o Instituto Genna Davis de Gênero na Mídia.
Os programas para crianças e as séries de comédia são os gêneros nos quais a mulher tem menos voz: elas são apenas um terço dos personagens.
O estudo também avaliou a distribuição entre diferentes raças e descobriu que o horário nobre apresenta o maior percentual de mulheres negras; e os infantis têm maior propensão de mostrar asiáticas e hispânicas.

ESTEREÓTIPOS
O achado mais destacado pelos pesquisadores é a predominância de papéis domésticos e a ênfase que se dá à sensualidade das personagens femininas nas peças de TV.
Nos filmes analisados, elas são mais propensas a serem relatadas como mães e como comprometidas sentimentalmente do que os homens. E vestem mais roupa sexy, mostram mais o corpo e são mais magras do que eles.
"As mulheres, quando estão na tela, estão lá para ser um 'colírio para os olhos'", escrevem os autores. "Não foi encontrado nenhum personagem feminino que estivesse no topo da carreira no setor financeiro, na área jurídica ou no jornalismo."
Para os autores, o estudo mostrou que a mídia ainda marginaliza a mulher. "[Esses conteúdos] podem afetar ambições e aspirações de meninas e mulheres de todo o mundo", diz a conclusão do artigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário