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sábado, 8 de dezembro de 2012


No Dia Nacional da Família, saiba como melhorar o relacionamento em casa

da Livraria da Folha
Desde 1963, o Brasil comemora em 8 de dezembro o Dia Nacional da Família, em homenagem ao primeiro grupo do qual, normalmente, fazemos parte. Mas nem sempre esse convívio é agradável ou fácil.

Em muitos lares há disputas entre os filhos para ver quem consegue mais atenção dos pais, em outros não são impostos limites aos filhos e eles se tornam pessoas mimadas, enquanto em outros os filhos não tem a atenção que precisam. E estes são só alguns dos problemas.

No livro "Família de Alta Performance", o psiquiatra e educador Içami Tiba sugere um novo olhar para que as pessoas percorram caminhos assertivos na construção de relações familiares coerentes e harmônicas, a partir do conceito de "Alta Performance". Confira abaixo um trecho do livro.

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Irmãos brigam porque são pares

Essas briguinhas entre os imediatamente mais velhos e os caçulas podem até ser benéficas, desde que não partam eles para a violência e não enfiem o dedo nos olhinhos dos menores nem os estrangulem e, muito menos, os coloquem a nocaute.

As brigas eliminam a condição de Filho Único e levam-no à condição de irmão, que são unidos como unha e carne..., mas unha de um na carne do outro. Assim, ter irmãos é essencial para desenvolver vida social. É pertencer ao subgrupo familiar dos filhos, pares entre si.

Eles brigam entre si porque sentem que podem brigar em igualdade de condições. O menor fica do tamanho do maior quando grita e um adulto vem socorrê-lo sempre dando bronca no maior: "Por que você não bate em alguém do seu tamanho?". Os pais muitas vezes não percebem que a briga pode ter começado pelo menor agredindo e/ou pegando as suas coisas. Isso é bastante comum com filhos caçulas tratados como Filhos Únicos pela diferença de idade, de sexo, ou pelo fato de os pais não planejarem mais ter filhos.

Quando todos os outros irmãos saem de casa para morar fora, e um fica sozinho com os pais em casa, este um pode querer funcionar como Filho Único se for muito pequeno; ou até mesmo seus pais podem lidar com ele como se fosse único. Mas isso é, a rigor, quase impossível, pois, para os irmãos que ficam, parece que os ausentes são mais valorizados que eles, ou seja existem irmãos! Essa família é Família sem Alta Performance, pois esses sentimentos impedem a formação da psicologia de Filho Único.

Filho Único e Neto Único

Filho Único de mãe sozinha constrói uma possessão mútua entre filho e mãe única, que pode trazer futuros sofrimentos caso eles se fechem contra o mundo e formem um vínculo de autoproteção tão forte que passa a funcionar como prisão, pois ali não cabem outras pessoas. Baixa performance para este relacionamento.

Se esta mãe for casada, o marido acaba quase expulso do relacionamento entre mãe e Filho Único, o que o torna solitário na família. Essas são famílias que constroem muros relacionais, que isolam uns aos outros: o filho, por ser único; a mãe, porque se aprisiona no relacionamento com o Filho Único, e o pai que acaba sozinho. Performance desastrosa.

Quando o Filho Único é o Neto Único de avós de ambos os lados, tudo se multiplica, tanto os privilégios e regalias quanto as sobrecargas e desvantagens. Se for neto único somente de uma das partes, materna ou paterna, também não será nada fácil a vida dele. Esta supervalorização do neto diminui a performance familiar.

Há também as tias e tios sem filhos, que adotam sobrinhos como filhos. Quando estes adotados já são Filhos Únicos, então, tudo se complica mais ainda. É muita areia para um só caminhãozinho, pois eles carregam sozinhos todos os sonhos, expectativas e frustrações dos seus pais e dos outros adultos adotivos. Excessos prejudicam muito a performance familiar.

Não é raro os pais serem também Filhos Únicos, o que significa que o Filho Único tem avós únicos. Um Filho Único que é também neto único, dificilmente consegue escapar da Síndrome do Filho Único. Deve haver muito cuidado para manter uma boa performance.


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