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segunda-feira, 10 de março de 2014

Qual o papel dos pais nas escolhas profissionais dos filhos?

Sofia Esteves
A escolha da graduação e a entrada dos filhos no mercado de trabalho tira o sono de muitos pais. Afinal, nós não queremos pouco para os nossos filhos: queremos que saibam fazer as escolhas certas, que estudem em boas universidades, que consigam uma oportunidade de trabalho sem tanta pressão ou estresse, que tenham uma carreira de destaque e, de preferência, uma vida financeira bem confortável.
As expectativas muitas vezes podem parecer altas, mas são compreensíveis e é natural que sejam assim. As intenções dos pais sempre são as melhores possíveis, porém alguns cuidados são fundamentais para não aumentarmos a ansiedade e a insegurança dos jovens – sentimentos estes bastante comuns em processos de escolha.
É difícil tomar decisões quando ainda não se tem opiniões formadas sobre o que se gosta de fazer e quais habilidades possui. Por isso, é nessa esfera que os pais podem e devem contribuir. Em geral, tendemos a reconhecer qualidades e habilidades nos outros com mais facilidade do que as reconhecemos em nós mesmos. Além disso, tendemos a achar que porque somos hábeis nisso ou naquilo nossos filhos também serão. Talvez eles possuam outras habilidades, não necessariamente as suas. Se perceberem quais habilidades têm desde a infância, por exemplo, poderão identificar a profissão, os estágios e os trabalhos que mais lhes trarão felicidade. Promover este autoconhecimento é uma forma de também evitar que seu filho estude, invista tempo e recursos em algo que não gosta.
Outra alternativa é oferecer meios, ainda no ensino médio, de os filhos conhecerem de perto diversas profissões e áreas de atuação. Dessa forma, ganharão repertório para fazer escolhas mais consistentes. Quando se tem acesso apenas às profissões de pessoas próximas (pais, tios, vizinhos etc), há um considerável risco de que as escolhas sejam pautadas em poucas alternativas e não necessariamente as mais adequadas ou aderentes ao perfil/gostos/habilidades do indivíduo.
Estas são formas de participar sem interferir nas escolhas dos filhos. Aliás, “não interferir” é uma das grandes preocupações de muitos pais. Por essa razão, alguns acabam adotando uma postura neutra demais e, sem querer, deixando os jovens mais angustiados. Se um pai não se sente confortável em conversar sobre o assunto com o filho, talvez o caminho seja indicar que procure um profissional especializado em orientação de carreira. O que não pode é deixar o jovem sem apoio nessa etapa repleta de incertezas.
Não existe uma fórmula ou caminho ideal, pois cada jovem é diferente assim como cada família tem seu jeito de funcionar. Cada uma tem que encontrar a sua própria maneira com afeto, bom-senso e tranquilidade.  Afinal, seja qual for a escolha dos filhos, sempre é importante lembrar que nenhuma é definitiva, pois sempre é possível mudar de rumo, adaptar algo ou mesmo recomeçar.

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