Se nós fomos surpreendidos pela troca de um dos personagens mais tradicionais da Marvel por uma adolescente negra e cientista genial – que simboliza a bem sucedida empreitada da editora de incorporar mais minorias a seu corpo de personagens –, com Deodato foi por ele ter cocriado a nova heroína e ficado sabendo da novidade com o restante de nós.
"Eu achava que ela ia ser a nova Máquina de Combate", contou. "A Marvel não fala nada."
Em junho, muitos acreditavam que Riri ocuparia o posto de Jim Rhodes, atualmente morto nos quadrinhos, mas a Marvel se revelou mais ousada e abriu ainda mais espaço para a personagem.
Na mesma entrevista, o artista – frequente colaborador da editora – contou como foi o processo de criação.
"Adicionei o que sempre achei legal, que foi aquele cabelo afro estilo Misty Knight, aquela amiga do Punho de Ferro", disse.
Deodato contou também que ele e Bendis mal conversaram sobre o desenvolvimento de Riri. Ambos mal tiveram tempo para isso.
"A personagem é mais construída ao longo da história, ao invés de já vir do esboço", falou.
"Eu vou ajeitando e pensando em coisas como a idade dela. O jeito dela falar é mais de uma adolescente, assim como a maneira como ela senta, sorri. Até a armadura dela ainda é feita meio nas coxas, mas vai se desenvolver."
O desenhista disse que também não sabe se Riri continuará ou não usando o nome "Homem de Ferro". Confira aqui a conversa completa de Deodato com o G1.
Riri apareceu nos gibis pela primeira vez em Invincible Iron Man #7, publicada em março deste ano.
A chegada dela faz parte de uma iniciativa da Marvel para tornar seu catálogo de personagens mais diversificado. Outros exemplos são Miles Morales, o Homem-Aranha negro e descendente de latinos; a Thor, que tem arrebentado em vendas; e Kamala Khan, a nova Ms. Marvel descendente de paquistaneses.
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