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domingo, 21 de abril de 2019

DISPONÍVEL ONLINE LIVRO EM QUADRINHOS COM HISTÓRIAS REAIS DE MULHERES QUE ABORTARAM

18/04/2019
Já está disponível online o livro-reportagem em quadrinhos TIRA que conta as histórias reais de três mulheres pernambucanas que realizaram abortos clandestinos no país onde cerca de 1 milhão de pessoas recorrem a essa prática anualmente. Produzido pelos jornalistas Nathallia Fonseca e Eduardo Nascimento, com ilustrações da artista visual Berta V., o livro convida o leitor à reflexão sobre um tema de saúde pública ainda tratado como tabu no Brasil, e com pouquíssimos dados divulgados.

No Calvário, enquanto Jesus agonizava, nasceu o primeiro movimento de resistência feminina


Cristãs durante missa na Sexta-feira Santa, em Lahore, Paquistão.
Cristãs durante missa na Sexta-feira Santa, em Lahore, Paquistão.  AP


Foi em um lugar considerado infame, chamado Gólgota (“lugar das caveiras”) ou Calvário, nos arredores de Jerusalém − no qual os condenados à morte pelos romanos eram deixados nus para agonizar, pregados no que se chamava de “estaca de tortura”, hoje chamada cruz −, que surgiu um dos primeiros movimentos de resistência feminina da História.

sábado, 20 de abril de 2019

Neofeminismo busca resgatar a ideia de que sexo não é submissão

Ativistas estão começando uma conversa em que as mulheres não são mais mercadorias sexuais, mas consumidoras sexuais


Quando Stephanie Theobald fez uma recente palestra intitulada “Sexo e Julgamento”, na Universidade de Oxford, na Inglaterra, seu novo livro de memórias, Sex Drive, esgotou. Nele, Theobald explora o prazer sexual feminino na condição de ativista de um grupo crescente de feministas sexualmente positivas que desafiam as expectativas culturais. Sua missão comum é permitir que as mulheres se manifestem sobre seus desejos sexuais não revelados.
O fato de a nova loja da atriz Gwyneth Paltrow em Notting Hill, em Londres, Goop, ter uma vitrine de brinquedos sexuais, ao lado de suéteres de cashmere, diz Stephanie, é “um passo na direção certa. Talvez ainda seja necessário o cavalo de Troia do ‘bem-estar’ para deixar o prazer sexual das mulheres entrar na sala, mas é ótimo que se esteja falando disso na corrente dominante”.

Mulheres da moda, uni-vos

Mais mulheres no poder significa ter maior diversidade de perspectivas, o que é primordial para uma sociedade mais justa e igualitária

A ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) publicou em 2018 que, dos 9,5 milhões de empregados diretos e indiretos na indústria da moda no Brasil, 75% são de mão de obra feminina, e no mundo 85%, de acordo com a OIT (Organização Mundial do Trabalho). Quando revertemos esse número para mulheres em posição de liderança, estima-se que representem somente 15% da força de trabalho.
Essa contradição é explicada pela cultura profundamente enraizada de que as mulheres são seres inferiores, sendo assim, menos capazes que os homens.

Câmara dos Deputados aprova projeto que criminaliza o assédio moral no local de trabalho

O texto atual do delito, no projeto, determina que cometerá o delito aquele que “ofender reiteradamente a dignidade de outro, causando-lhe dano ou sofrimento físico ou mental no exercício de emprego, cargo ou função.
quinta-feira, 18 de abril de 2019
Migalhas
Mariana Cardoso Magalhães
Em 13 de março de 2019 foi aprovado na Câmara dos Deputados o PL 4742/011 que tipifica, no Código Penal, o delito de assédio moral no ambiente de trabalho, introduzindo no Código o artigo 146-A. Agora o PL será enviado ao Senado Federal para votação.

IAB pede que TSE monitore participação política das mulheres

A petição foi assinada pela presidente nacional do IAB, Rita Cortez, e pela presidente da Comissão de Direito Eleitoral do Instituto, Luciana Lóssio.
sexta-feira, 19 de abril de 2019
IAB - Instituto dos Advogados Brasileiros requereu ao TSE a criação de uma Unidade de Políticas de Gênero na estrutura da Corte, com o objetivo de monitorar o cumprimento da aplicação das cotas de gênero e ampliar a participação política das mulheres, conforme recomendação feita pela Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA).
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Iminência do Caos: a proibição total do aborto no Brasil

PECs 181 e 29: Uma mulher denunciada por aborto poderá ser acusada de homicídio. Mulheres que sofrerem abortamentos espontâneos poderão acabar presas
Por Simony dos Anjos
Quinta-feira, 18 de abril de 2019
No ano de 2017, o movimento feminista realizou de modo incisivo uma série de manifestações contrárias à aprovação da PEC 181/2015, que foi apelidada de PEC do Cavalo de Tróia.  Proposta pelo ex-senador Aécio Neves, atual Deputado Federal, ela propunha a extensão da licença maternidade para mães de bebês prematuros. Contudo, em meio às negociatas e movimentação das bancadas conservadoras da Câmara Federal e do Senado, foram incluídas no texto duas propostas de alteração do inciso 3 do artigo 1º da Constituição Federal (CF), inserindo a expressão: “dignidade da pessoa humana desde a concepção” e no Caput do Artigo 5º da CF, acrescentando a expressão:  “a inviolabilidade do direito à vida desde a concepção”.

COMISSÃO DA MULHER APOIA O LANÇAMENTO DE ROBÔ DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA COMBATER A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Na próxima terça-feira, dia 23/04/2019 a Comissão de Defesa dos Direitos Mulher, realizará o lançamento do projeto Glória no Salão Nobre da Câmara dos deputados em Brasilia às 17h30.
A Glória é uma robô que, através da inteligência artificial, será capaz de interagir de forma envolvente e acessar mulheres vítimas de violência doméstica dentro de suas próprias casas, sem julgamentos, com o objetivo de tornar-se uma ferramenta imparcial, acessível, eletrônica, curiosa e representativa.

Como inteligência artificial usa voz e sinais vitais para prever briga de casal

Casal negro
Image captionAlgumas características da fala humana não podem ser captadas pelos nossos ouvidos, mas podem revelar como realmente nos sentimos sobre alguém
  • 4 março 2019
Suponha que seu relacionamento subiu no telhado. Você vem tentando resolver seus problemas a dois, com terapia de casal, mas no final das contas, quer saber se o esforço vai valer a pena. As coisas vão melhorar ou piorar?

Banalização da cesárea relega papel do parto humanizado

Pesquisa mostra que há um longo caminho a ser percorrido em um país em que predomina a cultura da cesariana

TER, 16 ABR 2019



Audiodescrição: no berçário de uma maternidade, imagem close-up da palma da mão direita de um adulto, aberta e voltada para cima, à direita na imagem. Essa mão está dentro de uma incubadora de bebês recém-nascidos prematuros, sendo que um bebê, deitado, segura com a mão direita o dedo mínimo do adulto. O ambiente é bastante iluminado. Imagem 1 de 1.
A ginecologista-obstetra e professora Fernanda Garanhani Surita, do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, orientou pesquisa realizada pela também ginecologista Juliana Giordano Sandler que teve dois focos distintos. O primeiro consistiu em conhecer a prevalência de cesárea tanto no atendimento público como no privado, na cidade de Campinas, relacionando-a com as características socioeconômicas das parturientes. Na segunda abordagem, foram selecionadas mulheres que realizaram o parto no setor privado na cidade de São Paulo e optaram por médicos de apoio ao parto humanizado, indicados por grupos virtuais e presenciais, visando colher as vivências de parto relatadas por elas ao buscarem a chamada Assistência Humanizada ao Parto e Nascimento (AHPN).

TPM pode ser tratada com intervenções psicossociais


Estudos recentes revelam que existem alternativas ao tratamento usual feito com medicamentos
18/04/2019

A Tensão Pré-Menstrual afeta muitas mulheres e consiste num conjunto de sintomas como mal-estar, inchaço e alterações de humor. As manifestações dessa síndrome acontecem em diferentes intensidades e geralmente são tratadas com medicamentos. O professor Alexandre Faisal comenta sobre um estudo que mostra a eficiência de intervenções psicossociais como tratamento para a TPM. Mulheres que apresentam sintomas brandos na TPM podem optar por esse tipo de recurso ao invés de recorrer a medicamentos.
Ouça a íntegra da coluna Saúde Feminina no player acima.

Sistema de saúde não está preparado para revolução da longevidade

Especialista cita projeto da USP sobre envelhecimento nos centros urbanos da América Latina e Caribe

18/04/2019
Entre os anos de 2000 e 2016, a expectativa de vida global aumentou em 5,5 anos; de 66,5 para 72 anos, de acordo com um relatório de estatísticas da Organização Mundial da Saúde. Segundo a OMS, a expectativa de vida continua sendo fortemente afetada pela renda. O relatório analisa países em grupos de renda, conforme a classificação do Banco Mundial. Em países em que a renda é menor, a expectativa de vida é 18,1 anos mais baixa do que a de países mais ricos. O relatório aponta ainda que a expectativa de vida das mulheres é maior do que a dos homens em todo o mundo. Jornal da USP no Ar conversa com a professora Marília Cristina Prado Louvison, do Departamento de Política, Gestão e Saúde da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, para entender quais os desafios que a longevidade traz para o poder público.

Desigualdade de gênero e mercado de trabalho são tema de painel


No dia 23 de abril, às 16h, no Espaço de Eventos do Instituto de Estudos Avançados da USP em Ribeirão Preto (IEA-RP), acontece o painel Mind the gap: Reflexões sobre ODS, desigualdade de gênero e mercado de trabalho. O evento reunirá especialistas para discutir temas do desenvolvimento sustentável estabelecidos pela ONU: igualdade de gênero, trabalho decente e crescimento econômico e a redução das desigualdades. A inscrição pode ser feita gratuitamente pelo site do painel.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

É preciso estar atenta, mesmo que nem sempre forte: violência contra a mulher, depressão e ansiedade

Hypeness
por: Gabrielle Estevans
Você acordou, foi ao banheiro, lavou o rosto, escovou os dentes. Se isso tomou, em média, dez minutos do seu dia, nesse tempo alguma mulher foi estuprada. No sábado você saiu para jantar com amigos, tomou bons drinks e voltou segurx para casa. Se o passeio levou duas horas, nesse intervalo uma mulher foi assassinada.

A PRINCIPAL DESCULPA USADA PELA DEFESA DOS HOMENS QUE COMETEM FEMINICÍDIO [ARTIGO]

Suposto surto de loucura temporária é tática utilizada para tentar inocentar casos de feminicídios

Violência contra a mulher é alvo de ação na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro Foto: Mario Tama / Getty Images

Violência contra a mulher é alvo de ação na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro Foto: Mario Tama / Getty Images
Até a década de 1970 era comum absolver indivíduos que haviam matado suas mulheres ou namoradas por causa de ciúmes. Existia até um termo jurídico para isso: legítima defesa da honra. Muitos recorriam a essa tese durante o julgamento, porém nem todos tinham sucesso. Somente aqueles que podiam pagar bons advogados, especialistas em fazer o júri ficar com pena do homicida.

Especialistas traçam perfil de agressores de mulheres; identifique características abusivas em 5 pontos

Para investigadores e psicólogos, homens que cometem violência contra mulheres são, em geral, considerados 'cidadãos comuns'.

Por Matheus Rodrigues e Patrícia Teixeira, G1 Rio
19/04/2019

Identificar um agressor de mulher não é tarefa simples. Em geral, este criminoso não tem características aparentes como a arma em punho de um assaltante. Em muitos casos, sequer possui antecedentes criminais. Então, como se prevenir?

quinta-feira, 18 de abril de 2019

“Um ‘cidadão de bem’ armado me deixou paraplégica e matou meu namorado por ciúmes”

Elisandra Carolina dos Santos, 37 anos, foi atingida por um tiro quando tinha 17 anos, disparado por um ex-namorado. Ela, que não anda há 20 anos, teme que facilitar acesso às armas aumente feminicídios


São Paulo 
Elisandra Carolina dos Santos carrega no corpo e na alma as cicatrizes provocadas por um “cidadão de bem”. Era domingo, 23 de abril de 2000, 8 horas da manhã. Ela, então com 17 anos, dormia com o namorado na casa da família em Viamão, periferia de Porto Alegre, quando foi acordada por alguém batendo na porta. Ao se aproximar para abrir, previu o pior: “Pela silhueta na porta de vidro eu já percebi quem era”, conta. O ex-namorado J. A.*, 15, queria reatar o relacionamento, terminado semanas antes. “Levei ele para o quintal para conversar e falei pra ele começar vida nova e ir embora. Foi aí que ele tirou uma arma da mochila”, diz Elisandra.

Negras e negros estão mais próximos do feminismo do que brancos no Brasil, aponta pesquisa

Datafolha também mostra que quase metade dos homens evangélicos apoiam o movimento
Por Vitória Régia da Silva*
17 DE ABRIL DE 2019
As pretas são as brasileiras que mais se consideram feministas, entre as mulheres que declararam adesão à causa política. Entre os homens, quase metade dos praticantes de religiões evangélicas declaram apoio ao movimento. Esses são alguns resultados da primeira pesquisa do Datafolha direcionada para o tema, divulgada neste domingo (14/04).
As mulheres que se autodeclararam feministas representam 47% das pretas, 37% das pardas e 36% das brancas ouvidas no levantamento. No geral, 38% das brasileras se consideram feministas, enquanto 52% dos homens dizem apoiar o feminismo.

Consolidada, Lei Maria da Penha fortalece discussão sobre violência contra a mulher em sala de aula

Sete estados contam com leis que determinam debate nas escolas, mas conceitos de gênero e diversidade sexual ainda são tabu
Por Lola Ferreira e Flávia Bozza Martins*
17 DE ABRIL DE 2019
Enquanto defensores do “Escola sem Partido” tentam reduzir, e até eliminar, a discussão sobre gênero das salas de aula, a inclusão do combate à violência contra a mulher no currículo escolar enfrenta menos barreiras e acontece, mais discretamente, em alguns estados do Brasil desde 2015. Atualmente, sete unidades federativas têm em vigor leis que determinam o debate sobre violência de gênero nas escolas públicas e privadas, de acordo com levantamento da Gênero e Número.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

"As Marias do Brasil"


Carla Rodrigues Araujo de Castro, Promotora de Justiça no Rio de Janeiro, mestre em Direito, professora de Direito Processual Penal, fundadora do projeto VAMOS MULHERAR e autora do livro "As Marias do Brasil", muito gentilmente enviou um exemplar ao SOS Ação Mulher e Família.
Agradecemos pela lembrança, que muito nos sensibilizou!
Segundo o posfácio de Adriana Ramos de Mello, Juíza de Direito, "A autora explica de forma simples a Lei Maria da Penha e o que é feminicídio. Esclarece com linguagem acessível as várias formas de violência contra a mulher, orienta como sair da situação de violência doméstica e como ajudar as vítimas."

Projeto que facilita medidas protetivas para mulheres aguarda sanção

Texto altera Maria da Penha e dá mais poder ao Judiciário para medidas emergenciais em caso de violência doméstica.
Migalhas
quarta-feira, 10 de abril de 2019
O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira, 9, em votação simbólica, o projeto que altera a lei Maria da Penha para facilitar a aplicação de medidas protetivas de urgência para mulheres ou a seus dependentes, em casos de violência doméstica ou familiar. O PLC 94/18 segue para sanção presidencial.
O texto aprovado dá mais poder a autoridades do Judiciário e policiais na adoção de medidas emergenciais protetivas. O projeto determina que, verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher, ou a seus dependentes, o agressor deverá ser imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida.
Violência contra mulher
A medida de afastamento imediato caberá à autoridade judicial (juiz de Direito), ao delegado de polícia (quando o município não for sede de comarca) ou ao policial (quando o município não for sede de comarca e não houver delegacia disponível no momento da denúncia).

Mulheres surdas não conseguem denunciar violência doméstica por falta de intérpretes

Mulheres com deficiência auditiva encontram barreiras ainda maiores Foto: Lari Arantes / .
Mulheres com deficiência auditiva encontram barreiras ainda maiores Foto: Lari Arantes / 
'Nunca tive a possibilidade de me comunicar na minha própria língua', conta uma das portadoras de deficiência auditiva que encontrou dificuldades para denunciar a agressão
Giulia Costa
14/04/2019
O Globo
RIO- Depois de quase cinco anos sofrendo com a violência de seu marido, Carla* precisou de três tentativas — em 2014, 2017 e neste ano — para conseguir encaminhar um pedido de medida protetiva na Delegacia da Mulher do Rio. Sua surdez impedia a comunicação com os funcionários, já que o local não conta com um intérprete para auxiliar portadores de deficiência auditiva. Devido à demora do processo — também por falta de testemunhas —, ela voltou a sofrer agressões e pensou que fosse morrer antes de conseguir a medida.

Damares diz ser 'impossível' ministério manter casa da mulher brasileira


Marcos Candido
16/04/2019

A ministra Damares Alves afirmou que o ministério não tem dinheiro para custear a Casa da Mulher Brasileira, projeto criado em 2013 para acolher mulheres em situação de violência. Mesmo com investimento federal na casa dos 70 milhões, a iniciativa coleciona histórico de atrasos em obras e de mau funcionamento.