Motorista da Uber cancela corrida de mulher ao descobrir que ela estava indo para clínica de aborto

por: Redação Hypeness

A suprema corte dos Estados Unidos passou a legalizar o aborto em 1973, após o famoso caso conhecido como Roe versus Wade. No entanto, muitas pessoas (em sua grande maioria homens) são contra e querem reverter o direito conquistado. Na semana passada, uma estudante universitária de 20 anos teve sua corrida de Uber cancelada, após o motorista descobrir que o destino final seria uma clínica de aborto. O caso aconteceu no norte do estado de Nova York com uma jovem de 20 anos que foi deixada em uma área isolada, sozinha, porque um homem achou que poderia tomar esta decisão em seu lugar.

Logo depois, a garota fez um relato no site Reddit, que está sendo compartilhado milhares de vezes. Ao descobrir que estava grávida e sabendo que não teria condições de criar uma criança no momento, decidiu que abortaria. A clínica fica longe do campus onde ela habita e em uma área sem transportes públicos, ou seja, a única maneira de chegar seria pegando de carro. Porém, logo que entrou no Uber, o motorista começou a pressioná-la, perguntando se ela estava indo para uma clínica de aborto, o que ela acabou confirmando.

Primeiro ele tentou convencê-la a não fazer isso, mas depois de perceber que ela estava decidida, disse que não poderia continuar a corrida. Ela acabou perdendo o horário marcado e precisou pedir para o namorado (que estava trabalhando) ir socorrê-la. Um caso desse mostra como a sociedade minimiza a emancipação e a própria autonomia das mulheres, que são aptas tomar decisões sozinhas, caso ainda reste alguma dúvida. A decisão de ter ou não um filho cabe única e exclusivamente à mulher.

“Eu estou na universidade, em Nova York e não tenho carro porque é muito caro. Tenho 20 anos e descobri que estava grávida e na hora já decidi que queria abortar, porque eu não tenho condições de tomar criar uma criança agora”

O aborto vem se tornando cada vez mais uma questão política, prova disso é que vários estados norte americanos estão criando leis, como a heartbeat, que proíbe a prática após seis semanas de gravidez. Sempre bom lembrar que, se homem engravidasse, o aborto não seria tratado como algo imoral.