Elza Paulina Souza, 52 anos, assumiu na manhã desta sexta (5) o comando da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo, após 33 anos trabalhando na corporação. É a primeira vez que uma mulher assume o cargo.
Mulher, avó, catequista, fisioterapeuta, formada em filosofia e agora comandante, Elza pretende aprimorar a valorização e a capacitação dos profissionais da GCM, responsável pelo apoio às operações das secretarias municipais – entre elas, a segurança da Cracolândia. Ela também planeja aumentar o trabalho em conjunto com a Polícia Militar para fiscalizar os chamados pancadões e o projeto Maria da Penha, que acompanha o cumprimento de medidas judiciais protetivas às mulheres vítimas de violência doméstica.
Mulher, avó, catequista, fisioterapeuta, formada em filosofia e agora comandante, Elza pretende aprimorar a valorização e a capacitação dos profissionais da GCM, responsável pelo apoio às operações das secretarias municipais – entre elas, a segurança da Cracolândia. Ela também planeja aumentar o trabalho em conjunto com a Polícia Militar para fiscalizar os chamados pancadões e o projeto Maria da Penha, que acompanha o cumprimento de medidas judiciais protetivas às mulheres vítimas de violência doméstica.
“Eu gostaria que a guarda fosse reconhecida de fato pelo espaço que ocupa e pelo que faz, que não nos olhassem às vezes como se fôssemos um patinho feio, para que pudéssemos fazer um serviço com dignidade”, afirmou.
A realização de um sonho
Elza entrou na primeira turma da GCM, há 33 anos, quando foi criada durante a gestão do prefeito Jânio Quadros e lembra das dificuldades que enfrentou quando começou a morar sozinha em São Paulo, aos 19 anos de idade. Precisou trabalhar como empregada doméstica para se sustentar e entrar na GCM foi a realização de um sonho.
“Cresci próximo a uma unidade do Exército, sempre via os militares de farda verde e dizia: ‘eu quero trabalhar lá’. Na época, me falavam que mulher não podia. Por que eu não posso? Quem disse que mulher não pode? Eu era meio rebelde. Eu queria trabalhar armada e fardada. Na minha cabeça, eu queria salvar o mundo”, relembra.
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