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quarta-feira, 26 de setembro de 2012



Karol Assunção
Jornalista da Adital
Adital - Para chamar a atenção para o tráfico de seres humanos e a necessidade de políticas para combatê-lo, celebrou-se, ontem (23), o Dia Internacional contra o Tráfico de Pessoas. A data foi lembrada por várias organizações de direitos humanos com debates e apresentações de informes. A Organização Internacional para as Migrações (OIM), por exemplo, lançou, na última terça-feira (18), o estudo O tráfico de mulheres: uma manifestação da violência contra as mulheres.

A pesquisa alerta para a grande quantidade de mulheres e meninas vítimas de tráfico de seres humanos e para a necessidade de políticas voltadas especificamente para elas. Segundo o relatório, estima-se que cerca de 80% das vítimas das redes de tráfico de pessoas sejam mulheres e meninas. No caso de tráfico para fins de exploração sexual, a porcentagem sobe para 98%.

O estudo indica que o tráfico de mulheres na América Latina e no Caribe tem como principais destinos Estados Unidos e Europa. A América Central se apresenta como uma região tanto de tráfico internacional como de tráfico interno.

Estima-se que o tráfico de pessoas é o terceiro negócio criminoso mais lucrativo do mundo, ficando atrás somente do tráfico de armas e de drogas. Todos os anos, milhares de pessoas são enganadas por redes de traficantes. Iludidas com o sonho de condições melhores, caem nas mãos de criminosos que submetem as pessoas a violações diversas, tais como: exploração sexual, trabalho escravo, servidão, e tráfico de órgãos.

Para OIM, o tráfico de pessoas é uma forma de violência contra as mulheres, visto que elas são as principais vítimas e são tratadas como "mercadorias”. "No tráfico de pessoas, como em outras formas de violência, existe uma apropriação do corpo das mulheres e um controle de sua vontade por meio de mecanismos como ameaças, restrição de movimento, enganações e retenção de documentos. A violência sexual, patrimonial, física e psicológica extremas são utilizadas para manter a mulheres em uma situação de escravidão, que tem como fim lucrar com os corpos e o trabalho das mulheres”, aponta.

Por conta dessa situação, o estudo recomenda, dentre outros pontos, a "incorporação do enfoque de gênero em política, programas e serviços dirigidos a mulheres adultas em situações de risco ou sobreviventes do delito de tráfico”.

"A incorporação do enfoque de gênero nas análises do tráfico de pessoas e nas respostas dadas a este problema constitui na atualidade um desafio para aquelas instituições e organizações que buscam melhorar as ações que se apresentam para a proteção das vítimas deste delito. Enfrentar este desafio parte de construir um olhar diferente sobre o problema do tráfico de pessoas quando essas pessoas são mulheres”, destaca.

A pesquisa completa está disponível em: 
http://www.mujeresenlasmigraciones.info

Atividades

O lançamento do estudo sobre tráfico de mulheres não foi a única atividade realizada no marco do Dia Internacional contra o Tráfico de Pessoas. Na última sexta-feira (21), o tema foi debatido na Costa Rica durante a apresentação teatral Em nome de Raquel, obra baseada no livro A polaca.

Entre os dias 19 e 21 de setembro, cerca de 200 pessoas se reuniram, no Brasil, no 7° Encontro Internacional sobre Migração e Tráfico de Pessoas na América Latina. O encontro, realizado em São Paulo (SP), contou com a participação de pessoas de Bolívia, Colômbia, El Salvador, Equador e Peru, além de representantes de outros continentes.

As atividades também seguem durante esta semana em vários países. Nesta segunda-feira (24), ocorre, no Paraguai, o cine-debate com o filme Nina, o qual aborda a questão do tráfico de pessoas na tríplice fronteira.
Amanhã (25), diversas organizações pintarão um mural no Hospital Heller, na Argentina, para chamar a atenção para o problema do tráfico de pessoas. Na sexta-feira (28), o Centro de Convenções Presidente Dr. Arturo Frondizi, no mesmo país, receberá a Jornada Dia Internacional de Luta contra o Tráfico de Pessoas. A atividade, organizada pelo Centro da Mulher e Políticas de Gênero de Vicente López, com a colaboração da Fundação Mulheres em Igualdade, está com inscrições abertas em: 
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Com informações de agências.

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