SPM aposta no crescimento de mulheres na força de trabalho formal para superação das desigualdades
Com base nos dados divulgados pela RAIS, na última terça-feira (18/09), Secretaria aponta resultado como reflexo das ações do governo federal para o incentivo da autonomia econômica das mulheres
O aumento da participação das mulheres como trabalhadoras teve continuidade em 2011. O crescimento é de 5,93% delas no mercado de trabalho, enquanto para os homens foi de 4,49%. É o que revela a Relação Anual de Informações Sociais Ministério, divulgada, na última terça-feira 18/09), pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O levantamento é um instrumento do governo federal utilizado para identificar os trabalhadores e trabalhadoras que têm direito ao abono salarial e fornece um quadro com informações acerca do trabalho formal no Brasil.
A elevação da participação feminina no mercado de trabalho formal é um resultado positivo para a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) e refletem as ações do governo federal para o incentivo da autonomia econômica das mulheres. “Ainda que esta não seja a única condição, mulheres com independência econômica e financeira, com direitos e benefícios garantidos, podem investir em perspectivas profissionais e culturais. Desse modo, elas têm instrumentos para enfrentar com mais vigor a violência doméstica e garantir o sustento de si e da família”, considera a secretária de Avaliação de Políticas e Autonomia Econômica das Mulheres, da SPM, Tatau Godinho.
No geral, o Brasil registrou a terceira maior geração de empregos desde 1985. Nos resultados da RAIS de 2011 é possível saber as mudanças na vida de mulheres e homens empregados em mais de 7,8 milhões de estabelecimentos. Os números da RAIS evidenciaram que o setor da construção civil se destacou como mais dinâmico, em parte como resultado dos investimentos e incentivos do governo federal, com 9,62% de trabalhadores e trabalhadoras a mais do que no ano anterior. As mulheres, cada vez mais, também compõem a força de trabalho no setor.
“A SPM vem incentivando diretamente os municípios e estados a ampliar as oportunidades de trabalho para elas neste ramo, por meio de convênios e acordos de cooperação”, afirma da secretária Tatau Godinho. Em julho passado, a SPM, a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) do Ministério da Integração Nacional e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação firmaram acordo para a realização de cursos de curta duração voltados à capacitação técnica de mulheres em situação de vulnerabilidade social ou de baixa renda no Centro-Oeste. O projeto tem investimento de R$ 2 milhões, a serem aportados pela SPM e pela Sudeco, e vai dar suporte aos Arranjos Produtivos Local – APL´s de base na agricultura e na indústria automobilística da região Centro-Oeste.
Tatau salienta a importância da participação das mulheres em profissões não tradicionais, ou seja, aquelas que não estão diretamente ligadas aos cuidados. De acordo com ela, “são políticas que têm importante incidência nos esforços para a equiparação dos rendimentos entre mulheres e homens, o que é ainda muito desigual de acordo com os dados do IBGE: as mulheres recebem 73,8% do rendimento masculino”, avalia.
A secretária aponta que os dados da RAIS mostram que não houve mudança significativa na desigualdade salarial, já que o aumento real de todos os trabalhadores e trabalhadoras é muito pequeno, se analisado por gênero. Para ela, esse quadro requer atenção do governo federal e a intensificação de políticas de igualdade entre mulheres e homens no mundo do trabalho.
“O aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho, divulgado pela RAIS, mostra a importância do incentivo ao emprego formal no país. Reforçam que as políticas específicas para as mulheres e direcionadas para a conquista da autonomia econômica continuam sendo fundamentais para reverter o quadro de desigualdade do Brasil”, frisa a secretária Tatau Godinho.
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