Lançado em Brasília livro sobre saúde
da população negra
Lançamento ocorreu
durante abertura da mostra “Igualdade Racial no SUS é pra valer!”, instalada em
túnel que liga duas unidades do Ministério da Saúde, em Brasília
Para marcar o Dia
Nacional da Consciência Negra, celebrado nesta terça-feira (20), o Ministério
da Saúde inaugurou a exposição “Igualdade Racial no SUS é pra valer!”, com
fotografias de servidores do Sistema Único de Saúde (SUS), informações sobre a
Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e outras ações positivas
do governo federal nesta área. O evento contou com a presença do ministro da
Saúde, Alexandre Padilha; da secretária de Políticas Afirmativas da Secretaria
de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Ângela Maria da Silva; e
do Secretário de Cultura do Estado da Paraíba, o cantor Chico César, além de
representantes do movimento negro.
Durante o evento
foi lançada a segunda edição ampliada do livro “Saúde da População Negra”,
fruto de uma parceria da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN),
Ministério da Saúde e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). O livro,
organizado por Luís Eduardo Batista, Jurema Werneck e Fernanda Lopes, integra a
Coleção “Negras e Negros: Pesquisas e Debates”, coordenada por Tânia Müller. A
publicação traça, ao longo de 16 capítulos de vários autores, um painel sobre o
direito à saúde e a questão racial como determinante social da saúde; seu
objetivo é ampliar o acesso à informações sobre a temática da Saúde da
População Negra e Enfrentamento ao Racismo na Saúde.
O secretário de
Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro,
destacou a importância do projeto. “Destinamos recursos para o incentivo e
apoio de publicações que falem da cor em relação ao SUS. Assim, estamos
incentivando os trabalhos relacionados a evidências sobre a saúde dos negros”,
disse.
Ainda segundo
Odorico, “a luta por justiça social coincide com os princípios do SUS,
principalmente o da equidade. Mais do que expor dados sobre a situação dos
negros no Brasil, pretendemos fomentar o debate sobre o acesso desta população
ao Sistema Único de Saúde. Isso significa mudar além da estrutura e mexer com
os valores éticos das pessoas”.
O Fundo de
População da ONU foi representado no lançamento pela Representante Adjunta,
Florbela Fernandes, que destacou os esforços desenvolvidos pelo UNFPA,
juntamente com o Sistema das Nações Unidas, para que as pessoas “tenham o
direito a viver com dignidade e igualdade de oportunidades, possam melhorar
suas condições de vida e de saúde e tenham todos os seus direitos respeitados.
Esperamos que esta publicação possa contribuir para o alcance desse resultado”.
Exposição
A exposição
“Igualdade Racial no SUS é pra valer!”, organizada pela Secretaria de Gestão
Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, com o apoio da SEPPIR, está
montada no túnel que liga a sede do Ministério da Saúde ao edifício-anexo do
órgão, em Brasília (DF). A mostra, que pode ser visitada até o próximo mês de
fevereiro, faz parte das ações que compõem a Política Nacional de Saúde
Integral da População Negra, cujo objetivo é combater a discriminação
étnico-racial nas unidades do SUS bem como promover a equidade na saúde da
população negra.
Para o ministro Alexandre
Padilha, a ideia é fazer com que todos os servidores e funcionários do
Ministério da Saúde que passam diariamente por este túnel sejam sensibilizados
pelo desafio de promover a saúde da população negra. “Com a exposição, fazemos
uma grande homenagem à população negra e também promovemos o exercício de
sensibilização para melhorar a saúde no nosso país”, destacou. Padilha também
aproveitou para defender mais profissionais negros e negras na área da saúde.
A Secretária de
Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Ângela Maria da Silva, elogiou a
exposição, que apresenta a cronologia do movimento negro no país e as políticas
de saúde para este grupo. “O túnel do tempo evoca pessoas que tiveram uma
trajetória de negação. Agora, ele nos traz a possibilidade de fazermos um novo
acontecer”, afirmou.
Com informações da
Agência Saúde – Ascom/MS
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