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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Campanha pelo fim da violência contra mulheres reúne refugiadas em um bate-papo em São Paulo

Crianças tiveram a oportunidade de brincar com jogos doados pela brasileira Ingrid Soto, uma jovem de 11 anos que vive na cidade de Valinhos (SP) e que arrecadou os brinquedos doados junto aos seus colegas de escola e outras crianças da sua cidade.
Mulheres refugiadas desenham autorretrato em encontro em São Paulo. Foto: ACNUR
Mulheres refugiadas desenham autorretrato em encontro em São Paulo. Foto: ACNUR
O Centro de Acolhida para Refugiados da Caritas Arquidiocesana de São Paulo (CASP) reuniu, na semana passada, mulheres refugiadas de diferentes lugares do mundo para trocarem suas experiências de integração no Brasil. A iniciativa é um apoio à campanha global da sociedade civil conhecida como “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”.
As participantes, muitas delas com seus filhos, vieram da República Democrática do Congo, do Sudão, da Colômbia e da Libéria. Elas conversaram sobre o que há de melhor em ser mulher e como elas podem ajudar outras pessoas com a força que carregam dentro de si.
As crianças tiveram a oportunidade de brincar com jogos doados pela brasileira Ingrid Soto, uma jovem de 11 anos que vive na cidade de Valinhos (SP) e que arrecadou os brinquedos doados junto aos seus colegas de escola e outras crianças da sua cidade.
Muitas das mulheres que participaram do encontro foram vítimas de violência em seus próprios países e, para facilitar a troca de experiências, elas foram convidadas a se expressar por meio de desenhos.
“Quando se quer falar sobre um sofrimento muito grande que não cabe em palavras, o desenho torna-se uma ferramenta de comunicação muito útil e importante”, disse a psicóloga Taeco Toma, que integra a equipe do Centro de Acolhida da CASP.
Ao amassar e rasgar os desenhos, as mulheres expressaram eventos traumáticos vividos ou conhecidos pelo grupo. Ao mesmo tempo, quando reunidas em um maço, as folhas de papel serviram de símbolo de resistência.
O trabalho da freira congolesa Angelique Namaika, que há anos ajuda mulheres vítimas de violência sexual e social a reconstruir suas vidas no leste da RD Congo, também foi pauta da discussão do grupo em São Paulo. Nesse ano, Angelique recebeu o Prêmio Nansen do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), que homenageia pessoas que trabalham em prol de refugiados e deslocados internos.
Apesar dos desafios enfrentados no Brasil, as mulheres reafirmaram a sua vontade e disponibilidade para se integrarem completamente ao país. Em 2014, elas pretendem fazer cursos de cabeleireiro, mecânico e costura, além de estudar em uma universidade.
Atualmente, São Paulo é a principal porta de entrada de refugiados no Brasil. Nos últimos anos, as solicitações aumentaram significativamente, saindo de pouco mais de 300 casos em 2010 para cerca de 1.800 em 2012. Neste ano, até o final do mês passado, já haviam sido registrados 2.746 solicitações de refúgio na cidade.

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