461 estudos apontam a relação entre discriminação racial e ocorrências de depressão em crianças e adolescentes
Camila Ploennes
Um levantamento realizado por um grupo de pesquisadores da Universidade de Melbourne, na Austrália, encontrou 461 estudos que apontam a relação entre discriminação racial e ocorrências de depressão e ansiedade em crianças e adolescentes. O relatório, publicado em outubro no periódico Social Science & Medicine, analisou estudos conduzidos em sua maioria nos Estados Unidos, com jovens entre 12 e 18 anos. Segundo o levantamento, os grupos étnicos mais representados nas pesquisas são afro-americanos, latinos e asiáticos.
Os tipos de discriminação mais presentes nesses estudos são experiências interpessoais e não racismo institucional ou sistêmico. Segundo o texto, o levantamento comprova um problema que precisa ser combatido na sociedade, na escola e nas comunidades para melhorar a saúde infantojuvenil, uma vez que as crianças que passam por essas experiências têm mais propensão a baixa autoestima, baixa resiliência e piores níveis de bem-estar. Ainda de acordo com o relatório, as mães que sofrem racismo durante a gestação têm mais dificuldades no parto.
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