Com a intenção de oferecer mais conforto, acolhida e carinho às mães com bebês pequenos que frequentam o Centro de Saúde Escola Germano Sinval Faria da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), foi inaugurou a Sala de Apoio à Amamentação. O espaço é destinado às mulheres que amamentam, irão amamentar ou precisam de auxílio. Nele será oferecido apoio e suporte profissional sobre as dúvidas ou problemas relacionados à amamentação. Antes de sua inauguração, a agente comunitária de saúde Norma de Souza animou os participantes com a apresentação de uma paródia de amamentação da música Vida de Empreguete, que fala da importância do leite materno. Na ocasião, a chefe do Centro de Saúde, Emilia Correia, lembrou que essa iniciativa vem sendo sonhada há quatro anos e sua realização somente foi possível por meio da colaboração de muitos trabalhadores do Centro de Saúde e de diversos parceiros, como o Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz) e o Banco de Leite Humano (BLH).
O novo espaço do Centro de Saúde é destinado às mulheres que amamentam, irão amamentar ou precisam de auxílio (foto: Peter Ilicciev) |
Emilia ressaltou ainda que a sala não é apenas para os usuários do Centro de Saúde, mas também está aberta para todos as trabalhadoras desta escola. O diretor da Ensp, Hermano Castro, ressaltou a importância de materializar as políticas públicas do nosso país. “A sala de apoio à amamentação é uma iniciativa alinhada às políticas brasileiras. Ela já era uma meta da nossa direção, mas sua realização somente foi possível porque trabalhamos com uma equipe forte, engajada e de boa vontade”, avaliou.
O coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBBLH), João Aprigio Guerra de Almeida, comentou que esta é uma iniciativa muito produtiva que nasceu da união de esforços do terceiro nível de atenção com o primeiro nível. “Estamos começando a desenvolver aqui uma metodologia que poderá ser aplicada em toda a RBBLH. Essa é uma grande oportunidade de trabalharmos juntos”, agradeceu João Aprígio.
O médico do Centro de Saúde e pesquisador do Grupo Direitos Humanos e Saúde da Ensp, Marcos Besserman comentou que o primeiro direito de um bebê é ter o parto humanizado. Já o segundo se refere ao direito da amamentação. “O primeiro não está na nossa governabilidade. Já em relação à amamentação, temos indicadores muito ruins de aleitamento materno em nosso país, porém os lugares de maior vulnerabilidade apresentam as piores taxas. Faltam políticas públicas efetivas que garantam esses direitos”, alertou.
O coordenador do processo de Acreditação das unidades ambulatoriais da Fiocruz e assessor da área de atenção da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz), José Augusto Britto, declarou estar muito feliz com esta ação e sugeriu que a ideia seja replicada em outras unidades da Fundação. “Não podia ter tido escolha mais acertada do que incluir o aleitamento materno como indicador de qualidade da prestação de serviço no processo internacional de acreditação do Centro de Saúde”, concluiu ele.
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