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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Editorial| Mulheres ameaçadas

Apesar de iniciativas meritórias, como a Patrulha Maria da Penha e a Rede Lilás, o número de mulheres submetidas a violência dentro de casa continua elevado demais, a ponto de desafiar o poder público e a sociedade de maneira geral. É inadmissível que, apesar de avanços na legislação e nas formas de vigilância contra eventuais agressores, uma mulher seja morta a cada quatro dias no Estado, como revelou reportagem publicada por este jornal. Os agressores desafiam tudo o que foi feito, desde a implantação da Lei Maria da Penha, em 2006, e continuam afrontando famílias, a polícia, o Ministério Público e o Judiciário. É uma situação que não pode provocar apenas indignação e revolta, mas respostas efetivas, na forma de atitudes que combinem maior proteção e conscientização.

É de se perguntar, diante dos números apresentados, o que seria de vasto contingente de mulheres brasileiras, se não tivessem a guarida das patrulhas policiais que procuram protegê-las e a rede de instituições que dão suporte a adultas e adolescentes em situação de risco. Parece absurdo que, mesmo com o endurecimento da lei e a ampliação de mecanismos de proteção, as mulheres continuem sendo vítimas de agressões. Constata-se que tal violência é, muitas vezes, incorporada ao cotidiano de milhares de famílias, como se dele fizesse parte.

As agressões cometidas por maridos, companheiros e outras pessoas que têm ou tiveram envolvimento afetivo com as vítimas não limitam suas sequelas aos alvos da violência. Ambientes familiares, muitos já fragilizados, esfacelam-se com ataques repetidos, com consequências devastadoras para as crianças. A reavaliação de tudo o que já vem sendo feito deve levar em conta a repressão e a punição ao agressor, mas também as formas de proteção às mulheres e seus familiares. A violência física e psicológica é, sim, uma questão policial e da Justiça, mas é cada vez mais um desafio aos órgãos encarregados da abordagem de seus aspectos sociais.

http://wp.clicrbs.com.br/opiniaozh/2014/01/13/editorial-mulheres-ameacadas/?topo=13,1,1,,,13

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