Por Da Redação Veja
2 abr 2019
A revista France Football divulgou nesta segunda-feira, 1, um levantamento com os jogadores mais bem pagos do futebol feminino e masculino. A lista escancara a desigualdade de salários entre homens e mulheres no esporte. No ranking, a atacante Ada Hegerberg, eleita a melhor do mundo em 2018, recebe 325 vezes menos que Lionel Messi, do Barcelona.
Tabela completa de jogos da Copa América 2019
Tabela completa de jogos da Copa América 2019
A norueguesa do Lyon fatura 400.000 euros (cerca de 1,73 milhão de reais) por temporada, enquanto Messi ganha 130 milhões de euros (algo em torno de 563 milhões de reais). Transformando o valor para um salário mensal, Hegerberg recebe 33 mil euros (quase 144 mil reais), já o argentino ganha 10,8 milhões de euros por mês (cerca de 47 milhões de reais).
A disparidade de salários no futebol masculino e feminino é ainda mais surpreendente quando se compara a média de salários dos jogadores de clubes da Série A do Campeonato Brasileiro com o salário de Hegerberg. Os atletas que disputaram o Brasileirão em 2018 recebem em média, segundo levantamento do site Sporting Intelligence, 576.000 euros (por volta de 2,5 milhões de reais) por temporada. Mensalmente, os brasileiros ganharam 48.000 euros (em torno de 208.000 reais).
A norueguesa Ada Hegerberg, do Lyon, vence a Bola de Ouro – 03/12/2018 (Benoit Tessier/Reuters)
O futebol feminino, apesar do abismo salarial em comparação ao masculino, vive seu melhor momento em 2019, ano da Copa do Mundo da França, em junho. Cada vez mais jogadoras lutam por seus direitos e cada vez mais clubes montam equipes femininas para a disputa das principais competições nacionais e internacionais.
O futebol feminino, apesar do abismo salarial em comparação ao masculino, vive seu melhor momento em 2019, ano da Copa do Mundo da França, em junho. Cada vez mais jogadoras lutam por seus direitos e cada vez mais clubes montam equipes femininas para a disputa das principais competições nacionais e internacionais.
A própria Ada Hegerberg é um símbolo da luta por melhorias da modalidade. Ela, inclusive, não participará do Mundial na França em protesto à falta de apoio ao futebol feminino na Noruega.
Os times europeus já começam a colher os frutos do investimento. No mês passado, o clássico entre Barcelona e Atlético de Madri, no estádio Wanda Metropolitano, chegou a 60.000 espectadores e bateu o recorde mundial de público do futebol feminino. Juventus e Fiorentina, logo na semana seguinte, em Turim, levaram cerca de 40.000 torcedores ao estádio.
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