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segunda-feira, 11 de junho de 2012


Câmara terá ato normativo sobre ações de inclusão de gênero e raça

A Câmara terá um ato normativo propondo ações de diversidade e inclusão na administração da Casa. A iniciativa é uma das etapas do Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça do governo federal, ao qual a Câmara aderiu em junho do ano passado e realiza agora um ciclo de palestras.
Agência Câmara de Notícias

O diretor-geral da Câmara, Rogério Ventura, informou que o ato normativo será proposto à Mesa Diretora no segundo semestre. As novas regras, segundo ele, resultarão dos debates que estão sendo promovidos sobre o tema. "Primeiro teremos o ciclo de palestras, um curso e a conclusão do grupo de pesquisa e extensão, para depois propormos à Mesa Diretora a edição de um ato normativo. Assim, teremos obrigações do ponto de vista da gestão a cumprir e teremos resultados mais palpáveis, mais concretos."
O objetivo do Ciclo de Palestras Pró-Equidade é debater conceitos e práticas voltados à diversidade no serviço público, especialmente no que se refere a gênero e raça. Maria da Conceição Bogdezevicius, integrante do Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Eletronorte, explicou que há sete anos a empresa promove ações nesse sentido.
Apesar dos avanços, ela destaca que o grande desafio vai ser a ocupação de cargos gerenciais pelas mulheres: "Nós tivemos um avanço, mas precisamos avançar mais, porque as mulheres que estão ocupando cargos gerenciais estão em níveis intermediários. Os cargos de maior nível hierárquico ainda são ocupados por homens."
Ao fazer a palestra sobre o valor da diversidade e da inclusão no ambiente organizacional, o professor da Universidade de Brasília e pesquisador na área Cláudio Torres explicou que iniciativas desse tipo só dão certo se não tiverem prazo determinado. O esforço de inclusão e diversidade, segundo ele, deve ser permanente e contar com o comprometimento das chefias.
A procuradora da Mulher na Câmara, deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA), elogiou a iniciativa. "Não vai ser fácil mudar a cabeça e o comportamento das pessoas, mas creio que com esse trabalho de conscientização, de esclarecimento, com as palestras, nós poderemos partir para um mundo melhor, onde haja igualdade. O mundo é para todos."
Reportagem - Geórgia Moraes/ Rádio Câmara
Edição - Regina Céli Assumpção

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