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domingo, 3 de junho de 2012


Mulher deve ser ponto-chave para incentivar o consumo consciente, defende pesquisa

Rede de mulheres e governo federal lançam estudo e apresentam propostas para serem levadas à Rio+20

RIO - O consumo mais consciente pode vir a ser o legado da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), e a mulher tem condições para ser a porta-voz deste movimento. Esta é a aposta da Rede de Mulheres Líderes pela Sustentabilidade e do governo federal, que lançaram, nesta quinta-feira, um estudo sobre consumo no Brasil e a “Plataforma 20”, um documento que será levado para a Rio+20 com metas para envolver mulheres no tema do desenvolvimento sustentável.

A plataforma apresenta 15 metas com o objetivo de aumentar a ação de mulheres em três áreas: consumo consciente, empreendedorismo sustentável e mulheres em cargos de gestão. Já a pesquisa qualitativa “O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável”, que entrevistou 67 mulheres formadoras de opinião, aponta que a mulher pode se tornar central na campanha para evitar o desperdício, por seu papel motivador na família e na comunidade.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que participou do lançamento da rede e do estudo, explicou o motivo de associar a questão das mulheres à sustentabilidade.

— As pesquisas sobre a nova classe média brasileira indicam que a mulher tem centralidade e é determinante nas decisões de consumo. Não dá para falar de centralidade, de meio ambiente ou de inclusão socioambiental sem ter uma agenda robusta com as mulheres, que tem protagonismo em cuidar da família com a melhor alimentação, por exemplo. É impossível discutir sustentabilidade sem ter agenda do gênero — afirmou Izabella, que contou que o Ministério do Meio Ambiente é o segundo na lista de iniciativas para mulheres, só perdendo para a própria Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Marta Suplicy: “onde Dilma pode usar a caneta em prol das mulheres, ela usa”

Às três áreas de atuação, a senadora Marta Suplicy (PT), que integra a Rede de Mulhreres, que participou do debate de lançamento, acrescentou mais uma:

— A política, já que estas três estão subordinadas a questões políticas — afirmou Marta, que durante o debate, que ainda elogia a presidente Dilma por promover as mulheres no governo. — Por que eu sou vice-presidente do Senado? Por que a Graça Foster é presidente da Petrobras? Onde ela (Dilma Rousseff) tem a oportunidade de usar a caneta, ela usa.

Mulher será tema central na Rio+20

A questão das mulheres será um tema central das discussões da Rio+20, garantiu a ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, durante o evento.

— Tenho a convicção, porque eu tive acesso (ao Futuro que Nós Queremos, documento base da Rio+20), que a questão de gênero está contemplada de forma prioritária — ressaltou Eleonora, que exemplificou. — Não existe sustentabilidade sem a inclusão das mulheres, com violência contra as mulheres, seja doméstica ou sexual, com a manutenção da desigualdade sexual do trabalho, sem inclusão de trabalhadoras rurais.

Ainda de acordo com Eleonora, a questão de gênero tem sido defendida pelos representantes diplomáticos do Brasil nas negociações do Futuro que Nós Queremos, em Nova York, as quais terminam no dia 2 de junho.

Acordo quer aumentar rede de mulheres ‘sustentáveis’

Junto com a realização da Rio+20, o governo federal deve lançar uma campanha com o objetivo de promover o tema da sustentabilidade voltada para o gênero. Já entre as metas da Plataforma 20, está o engajamento, até 2020, de cinco milhões de mulheres em um movimento de consumo consciente. Para atingi-la, o Ministério do Meio Ambiente assinou com a Associação Brasileira de Vendas Diretas um acordo que prevê o engajamento das vendedoras diretas das empresas que compõe a entidade, como Natura, Avon e Nestlé.

— Só as empresas desta associação já têm em sua rede 2,8 milhões de mulheres. Partindo do princípio que a vendedora aborda pelo menos uma de suas clientes, já temos cinco milhões. Quisemos ser modestos na meta para mostrar que é possível — afirmou a secretária da Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do ministério, Samyra Crespo.

Fonte: Jornal O Globo

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