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sexta-feira, 21 de setembro de 2012


Governo federal, ONU e movimento social debatem, em Atibaia, situação de mulheres que vivem com HIV/AIDS

Ativistas se reúnem no município paulista para oficina de capacitação que tem sido replicada em outros países de Língua Portuguesa
Entre os dias 21 e 24 de setembro, 25 mulheres líderes vivendo com HIV/AIDS da região Sudeste participam da sétima oficina do projeto “Saber para reagir em Língua Portuguesa”, em Atibaia (SP). Na segunda-feira (24/09), gestores e gestoras estaduais, representantes da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), do Ministério da Saúde (DDAHV-MS), e da UNAIDS vão debater agendas comuns para o enfrentamento da epidemia.
 
O projeto visa fortalecer a prática do ativismo e a participação cidadã em direitos humanos, gênero, advocacy e controle social das políticas públicas locais, com vistas à redução da inequidade de gênero e à ampliação e melhoria do acesso de mulheres vivendo com HIV a serviços de prevenção, tratamento, atenção e apoio ao HIV/AIDS-VIH/SIDA e de atendimento à mulher em países de língua oficial portuguesa. 
 
A coordenadora-geral da Rede de Atendimento da SPM, Gláucia de Souza,  reforça a importância do acompanhamento dos serviços de atendimento a mulheres em situação de violência na região Sudeste: “Esta ação é mais uma articulação e compromisso que a SPM assume no enfrentamento a todas as formas de violência contra mulheres, junto com a demanda das mulheres que vivem com HIV.” 
 
Parceria - A iniciativa é do Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP), em atividade integrada com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS VIH/SIDA (UNAIDS/ONUSIDA), a ONU Mulheres, Unicef, Unesco e o Departamento de DST/Aids/HV – MS/Brasil, em parceria com os países da Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP) – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. 
 
Capacitação de mulheres líderes - Com a oficina de Atibaia, pretende-se o fortalecimento das capacidades de atuação de mais de 160 mulheres líderes nesses seis países, além da promoção de oportunidades de intercâmbio de experiências e mobilização conjunta. O diretor-adjunto do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Eduardo Barbosa, destaca que, “reforçar capacidades de mulheres vivendo com HIV/VIH agrega resultados positivos na melhoria dos serviços de saúde e no combate à discriminação”.
 
Entre os resultados esperados do projeto “Saber para Reagir” estão: a elaboração de diagnósticos sobre cada um desses países e regiões, organizados de forma participativa, sobre os marcos legais essenciais à resposta ao HIV/VIH, questões de gênero e violência contra as mulheres; o desenvolvimento de material didático e visual para assessorar movimentos de mulheres vivendo com HIV/VIH da CPLP; e a promoção da integração e atuação em rede, fortalecendo a cooperação mútua e o intercâmbio de experiências entre essas mulheres com vistas à atuação política e de advocacy para firmar compromissos com o poder público visando à implementação de agendas pactuadas em níveis locais. 
 
Para Pedro Chequer, coordenador do UNAIDS/ONUSIDA no Brasil, e ponto focal do UNAIDS/ONUSIDA para a CPLP, “esta iniciativa inédita tem espaços de intercâmbio de conhecimentos e práticas que permitirão a emancipação de mulheres e fortalecerão a resposta à AIDS e a promoção da equidade de gênero nos países parceiros.”
 
7ª Oficina do projeto “Saber para Reagir” 
Datas: 21 a 24 de setembro de 2012 (21/9 abertura do evento, às 14h. No dia 24/9, debate com gestores a partir das 14h)
Local: Hotel Gran Roca (av. Walter Engrácia de Oliveira, 229 – Estância Lynce) – Atibaia/SP

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