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Pesquisa com o apoio do Pnud avaliou opinião de pessoas de 15 a 29 anos nos países ibero-americanos; brasileiros são os que mais aprovam temas controversos, como casamento entre homossexuais e aborto.
Foto: Estudo OIJ
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A Organização Ibero-Americana da Juventude, OIJ, lançou nesta segunda-feira, em Madri, um estudo pioneiro com jovens de 15 a 29 anos de 20 países ibéricos.
O levantamento teve o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, que produziu o Índice de Expectativa Juvenil. Portugal aparece como o último da lista, onde apenas 44,9% dos jovens estão otimistas em relação ao futuro.
Protestos
Os jovens do Brasil também estão entre os menos otimistas das nações ibero-americanas. No topo do índice, estão Equador, Costa Rica e Nicarágua, onde pelo menos 70% dos entrevistados têm boas expectativas.
O diretor do Pnud para a América Latina, Heraldo Muñoz, destaca que "medir as expectativas juvenis é fundamental para a região, especialmente em um momento em que ocorrem vários protestos de rua."
Violência
O estudo mostra também que a violência e a insegurança são os principais problemas enfrentados pelos jovens de todos os países avaliados. O uso de drogas e de álcool também esteve entre as respostas mais votadas no Brasil.
Segundo o Pnud, mais de 150 millhões de ibero-americanos são jovens e a metade vive no Brasil e no México. Cerca de 80% moram em zonas urbanas.
Controvérsias
Em média, as pessoas entre 15 e 29 anos de todas as regiões têm mais confiança sobre seu próprio futuro do que sobre seus próprios países.
Os jovens brasileiros são os que mostram mais aprovação sobre temas controversos, como o casamento entre homossexuais, o aborto e a legalização da maconha.
Os latino-americanos se mostram, em geral, favoráveis à integração regional: 60% aprova o trânsito livre de pessoas, uma moeda única e a solidariedade com pequenos países.
A exceção na América Latina está entre os jovens do Brasil, que não aceitaram nenhuma das três opções.
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