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terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Cresce o número de famílias chefiadas por mulheres no Brasil

Segundo dados do IBGE, aumentou em 10% o número de famílias chefiadas por mulheres no país. Cresceu também o número de jovens entre 25 e 34 anos que moram com os pais.

REDAÇÃO ÉPOCA

Os jovens saem de casa mais tarde e cresceu o número de mulheres chefe de família. É o que mostram os dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) divulgados nesta sexta-feira (29), pelo IBGE. Segundo eles, a última década assistiu a rearranjos na organização familiar brasileira.

A pesquisa indica que os jovens estão saindo mais tarde da casa dos pais: em 2002, 20% dos jovens entre 25 e 34 anos moravam em seus domicílios de origem. Em 2012, esse percentual saltou para 24%. Segundo o IBGE, trata-se de um fenômeno cada vez mais comum no país. Tão comum que recebeu um apelido – geração canguru. A geração canguru é majoritariamente masculina (60%) e ocorre com mais frequência nas famílias com renda mais elevada: chega a 15,3% das famílias com renda per capita entre 2 e  5  salários mínimos, contra 6,6% daquelas com renda familiar per capita de meio salário mínimo.

É grande no país o número de jovens da geração nem-nem: 1 em cada 5 jovens entre 15 e 29 anos nem estuda nem trabalha. Desses, a maioria é do sexo feminino. Mesmo assim, melhorou o acesso dessa população ao ensino superior - o percentual de jovens entre 18 e 24 anos que frequenta uma faculdade saltou de 9,8% em 2002 para 15,1% em 2012.

A proporção de mulheres como pessoa de referência dos arranjos familiares aumentou de 28% em 2002 para 38% em 2012. De cada 100 mulheres na posição de pessoas de referência ou de cônjuges, aproximadamente 52 declararam estar ocupadas. É um número semelhante ao encontrado em meio às mulheres com 16 anos ou mais - dessas, 51,3% estão ocupadas. Para o IBGE, tal semelhança entre os indicadores é um sinal de que a condição da mulher na família não interfere seriamente no seu ingresso no mercado de trabalho.

Mais dinheiro
Outra mudança ocorrida nos últimos dez anos foi o aumento do rendimento médio da população ocupada com 16 anos ou mais. O brasileiro está ganhando melhor: o rendimento real cresceu 27%, de R$1151,00 para R$1469,00.

A desigualdade na remuneração entre homens e mulheres diminui, mas persiste. Em 2002, as mulheres empregadas em trabalhos formais ganhavam 30% a menos que os homens. Em 2012, esse número caiu para 27%. A desigualdade nos trabalhos informais é mais acentuada – nessas atividades, as mulheres recebem 34% a menos que os homens.

Ainda segundo o Instituto, na reda das famílias mais pobres, cresceu o peso dos rendimentos advindos de transferências governamentais: passou de 14,3% para 36,3% da renda familiar.

Persistem as desigualdades associadas a cor ou raça: entre os 10% mais pobres, 14,1% são pretos ou pardos, contra 5,3% brancos. A cada décimo com mais rendimentos, aumenta a participação de brancos e diminui a participação de pretos e pardos. Entre os 10% mais ricos, a situação se inverte: 15,9% são brancos e 4,8%, pardos.

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