Piauí é o terceiro com maior número de casos de violência contra mulher.
Em 2014, sete mulheres foram mortas nos meses de janeiro e fevereiro.
Do G1 PI
Segundo relatório de uma comissão de deputados federais que esteve no Piauí, entre janeiro a dezembro de 2012, foram registradas 135 mil denúncias de violência contra mulher. Ainda segundo o relatório, o Piauí é o terceiro estado com maior numero de casos. Nos dois primeiros meses de 2014 sete mulheres foram assassinadas em Teresina.
Para a presidente da organização União das Mulheres, Tânia Mendes, a impunidade serve de incentivo para novos crimes. Ela mencionou o caso do policial suspeito de assassinar com sete tiros a esposa na cidade de Capitão de Campos e disse não acreditar que o militar fique muito tempo preso. “Só cresce por conta da falta de punição aos agressores. Nesse último caso até que tem uma pessoa presa, mas não deve demorar muito na cadeia”, disse Tânia.
Segundo o juiz José Olindo Gil Barbosa, responsável por julgar os crimes de violência contra mulher no Piauí, a demora da justiça incentiva a violência. “Nossa estrutura não é das melhores. Temos a carência de profissionais e já levamos essa preocupação ao Tribunal de Justiça, mas o problema ainda não foi solucionado. A demora judicial estimula a violência em todos os níveis, principalmente na defesa da mulher. Se demoramos em dar uma resposta os agressores se sentem livres para agir novamente”, revelou o juiz.
Na cidade de Capitão de Campos centenas de pessoas foram às ruam em um protesto contra a morte de Neylívia Oliveira Costa, assassinada a tiros. O suspeito do crime é o marido. Durante a manifestação, parentes, amigos e a população pediram justiça.
“Só vamos ter paz depois da justiça, até porque sabemos que a família dele junto com seus advogados já estão fazendo uma manobra para que internem ele como louco. Que louco é esse que passa 30 anos na polícia”, questionou uma familiar da vítima.
O pai de Neylívia Olivera pede que seja feita justiça. “Quero que os homens da terra façam justiça, para que esse caso não fique impune como os outros. Precisamos acreditar que existe justiça”, afirmou Antônio Estevão Costa Filho.
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