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sexta-feira, 25 de abril de 2014

Pais jovens também sofrem de depressão pós-parto

Estudo mostra que sintomas de depressão crescem em média 68% nos primeiros cinco anos de paternidade

REDAÇÃO ÉPOCA

A depressão pode pegar em cheio pais jovens nos primeiros anos de paternidade, é o que aponta estudo feito pela Northwestern University, nos EUA. “Não são só mães recentes que precisam ser examinadas para depressão, pais sofrem riscos também”, afirma o pediatra Craig Garfield, autor do primeiro estudo a identificar quando jovens pais estão em maior risco de desenvolver sintomas depressivos.

Segundo a pesquisa, homens que se tornaram pais perto de completar 25 anos e que vivem com os filhos são a parcela mais afetada. Para este público, os sintomas de depressão podem crescer em até 68% nos primeiros cinco anos de paternidade. É interessante notar que os sinais da doença eram menos notados antes durante a gravidez e aumentaram drasticamente após o nascimento da criança.

Em comparação, pais jovens que não vivem com os filhos não têm um aumento tão grande nos sintomas nos primeiros momentos da paternidade. Para eles, os traços depressivos apareciam com maior incidência durante a gravidez e diminuíam gradualmente depois do nascimento.

Efeito nos filhos

Depressão dos pais tem um efeito negativo sobre as crianças, especialmente durante os primeiros anos, que são chave para criar o vínculo com o bebê. Estudos anteriores mostravam que pais deprimidos estão mais sujeitos a usar castigos corporais, ser mais estressados, ler e interagir menos com as crianças e até mesmo negligenciarem os cuidados com os filhos. As crianças, por sua vez, podem ter o desenvolvimento de linguagem e leitura afetado, mais problemas de comportamento e distúrbios de conduta, em comparação com filhos de pais saudáveis.

“A pesquisa é um alerta a todos que conhecem um jovem que teve filhos recentemente. Fique alerta como ele está lidando com a transição para a paternidade. Se ele estiver muito ansioso, triste ou incapaz de aproveitar a vida como fazia antes, o encoraje a procurar ajuda”, diz Garfield. 

A pesquisa usou dados coletados de 10.623 homens jovens dos EUA cadastrados no Estudo Nacional Longitudinal da Saúde do Adolescente (Add Health), que acompanha a faixa etária há 20 anos. Durante o estudo os homens tinham entre 24 e 32 anos e 33% se tornaram pais.

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