Da Agência Brasil Edição: Valéria Aguiar
A proposta do Projeto Mundial da Educação é extrapolar os muros da escola e levar a educação para os vários espaços da cidade: praças, museus, jardins. Sob o princípio de que qualquer espaço público tem potencial educativo, entidades decidem organizar em um site uma lista de locais com propostas de atividades educativas que podem ser desenvolvidas em cada um deles. Para começar, foram escolhidas as 12 cidades-sede da Copa do Mundo. O primeiro desafio é: ativar as praças.
As praças fazem parte do primeiro chamamento. Todo mês será escolhido um ambiente para ser mapeado. O convite é simples: "Toda cidade, por menor que seja, tem uma praça. E toda praça é um respiro, um espaço feito para que as pessoas possam parar, encontrar e conviver. Já imaginou ocupar esse território com atividades educativas?". Qualquer um pode participar. Basta acessar osite e indicar locais e atividades que podem ser desenvolvidas. As atividades podem ser voltadas para qualquer idade do período escolar.
As contribuições podem ser inspiradas em atividades que já são desenvolvidas. No site, estão disponíveis exemplos de utilizações das praças. Um deles é o da Escola Municipal de Ensino Fundamental Olavo Pezzotti que, uma vez por semana, desenvolve atividades com os alunos no Parque Linear das Corujas, na zona oeste de São Paulo. O espaço é uma espécie de praça-parque gerido com apoio da comunidade. Lá, os estudantes discutem temas próprios do local, como arte e cidadania.
O projeto conta com o apoio de organizações como AoQuadrado, Catraca Livre, Centro de Referências em Educação Integral, Fábrica de Aplicativos, Fundação Itaú Social, Fundação SM, Imagem, Imagina na Copa, Inspirare, Instituto Esporte Educação e movimento Todos pela Educação, além das secretarias municipais de Educação das cidades-sede da Copa.
O que é organizado fica disponível na internet e em aplicativo para smartphones. Dessa forma, as escolas e os educadores têm acesso e podem planejar aulas e atividades nos espaços urbanos. A intenção é a partir do ano que vem levar o projeto para além das cidades-sede.
"Esperamos conseguir trazer para os alunos de hoje maior interesse pela aprendizagem. É possível aprender em vários outros lugares além da escola, fazendo uma conexão do conteúdo que se está ensinando nas salas de aula com outros ambientes", explica a gerente de comunicação do movimento Todos pela Educação, Camilla Salmazi. "Sabemos que um dos maiores motivos de evasão escolar é o desinteresse", acrescenta.
A fim de mobilizar mais pessoas para que contribuam com o projeto, o Mundial da Educação vai formar ativadores, voluntários que serão responsáveis por atrair contribuidores. Segundo o projeto, professores, alunos, parentes de estudantes, líderes comunitários, e qualquer cidadão pode se candidatar para ser um ativador. As inscrições podem ser feitas pela internet.
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