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sábado, 19 de abril de 2014

As frases que devem ser evitadas - ou usadas - pelos pais na educação dos filhos

Saiba por que quatro frases muito usadas pelos pais devem ser evitadas. E conheça outras quatro que só fazem bem para as crianças.

Conteúdo ANAMARIA

O que dizer...As palavras são o principal instrumento na educação de crianças e adolescentes. Com elas, você aconselha, dá bronca, orienta. Infelizmente, porém, nem sempre o que é dito com a melhor das intenções produz bons resultados. "Muitos pais desconhecem o verdadeiro poder das palavras que utilizam", alerta a psicóloga carioca Giselle Nunes Salgado de Melo, especialista em educação de crianças e adolescentes. "Sem saber, dizem coisas pensando no bem de seus filhos, mas utilizam frases que acabam tendo o efeito oposto." 

"Vários estudos já mostraram que as crianças educadas com mensagens encorajadoras conseguem ultrapassar com mais facilidade os obstáculos da vida. Já as que se sentem humilhadas ou diminuídas com o que ouvem dos pais costumam ter problemas de autoestima e se tornar inseguras, frágeis e vingativas", diz Giselle. Para ajudar os pais a refletir sobre o assunto, a especialista lista nos próximos slides quatro frases que considera benéficas e outras quatro que, a seu ver, fazem algum tipo de mal aos filhos. Usando as palavras certas, você educa, põe limites e ao mesmo tempo fortalece a personalidade das crianças. 

"Eu te amo, mas não gostei desse seu comportamento"
É sempre importante separar a ação (ele não voltou no horário combinado) do autor (seu filho). Faça-o entender que se comportar mal não faz dele uma pessoa má. Dizer que o ama na mesma frase em que você expressa sua desaprovação mostra que seu objetivo não é puni-lo, e sim ensiná-lo a se comportar de maneira apropriada.

"Por favor, decida"
Você vai com seu filho ao mercado, diz que está sem dinheiro, mas ele insiste que quer um doce caro. Essa é uma boa hora para fazê-lo perceber as consequências de suas decisões. Você pode dizer, por exemplo, que só poderá levar o doce se descontar o valor da mesada dele. Faça isso sem ironia e peça que ele decida. Além de oferecer uma opção ao seu filho, você evita o papel de má e insensível. 

"Preciso da sua ajuda num problema"
Muitas vezes, o mau comportamento da criança reflete uma carência emocional momentânea. Então, se vocês estiverem num local público e seu filho começar a aprontar, em vez de repreendê-lo peça a ajuda dele para resolver um problema seu (qualquer um). Ele se sentirá útil e respeitado, deixando a birra de lado. 

"O que você realmente quis dizer a ele?"
Quando seu filho xingar alguém de raiva, chame-o para uma conversa e pergunte o que ele de fato queria falar à pessoa. Para as crianças, entender os próprios sentimentos não é fácil. Menos ainda traduzi-los em palavras. Essa dificuldade em se expressar acaba gerando brigas à toa. Conversando, você o ajuda a compreender a situação e a lidar com o conflito de uma maneira mais positiva. 

...E o que nunca falar

"Por que você não pode ser como seu irmão?"
Essa comparação faz seu filho se sentir um cidadão de segunda classe e atiça a rivalidade entre os irmãos. E ela dificilmente o fará molhar menos o banheiro ou melhorar o desempenho na escola. Esse tipo de comentário enfraquece a autoestima e mina a autoconfiança da criança. O certo é pensar na educação de cada filho como um projeto único, aceitando suas fraquezas e dificuldades. 

"Comporte-se de acordo com sua idade"
Se o seu filho de 9 anos gritou com o de 4 por causa de um brinquedo, não use a idade dele como argumento para repreendê-lo, sugerindo imaturidade. Lembre-se de que ele ainda está aprendendo a lidar com diferentes sentimentos e situações. Não existe um padrão de comportamento certo para cada idade. Nessas horas, procure se ater ao motivo que levou a criança a agir daquela forma, sem diminuí-la. 

"Eu estava só brincando"
Essa frase costuma ser usada por pais que acreditam que provocar o filho de propósito é uma boa maneira de torná-lo mais forte. Um exemplo disso é chamar de "bicho-do-mato" uma criança tímida para forçá-la a se enturmar - e depois dizer que é brincadeira. Não funciona. O filho se magoa, perde a confiança nos pais e não se sente apoiado por eles. 

"Não corra, senão você vai cair"
Esse tipo de afirmação tem duas implicações negativas. A primeira é inibir a experimentação. Arriscar um novo passo, tropeçar, rever as estratégias e tentar novamente faz parte de qualquer aprendizado. Além disso, depois de escutar várias vezes essa frase e não cair, seu filho deixará de ouvir suas advertências. Prefira frases mais informativas e positivas, como "o copo está cheio, tenha mais cuidado" ou "verifique se os seus cadarços estão bem amarrados". 

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