No Brasil, o feminismo ainda é visto como extremismo, enquanto o machismo muitas vezes é justificado ou ignorado
Diariamente, as mulheres brasileiras são vítimas de agressão sexual (Reprodução/Blog da Cidadania) |
No Brasil, o feminismo ainda é visto como extremismo, enquanto o machismo muitas vezes é justificado ou ignorado. Uma pesquisa recente mostrou que 26% da população acha que mulheres que usam roupas curtas merecem ser atacadas. No mesmo levantamento, 59% dos entrevistados concordaram que haveria menos estupros se as mulheres “se comportassem melhor”.
A busca pela perfeição corporal é uma verdadeira obsessão no país, que só perde em número de cirurgias plásticas para os EUA. Mulheres consideradas fora de forma são agressivamente cobradas, em casa e na rua. Todos os anos, o corpo feminino é exposto de maneira sexualizada a turistas durante o Carnaval. O site G1, um dos maiores do país, chegou a fazer um concurso em que os participantes tinham de adivinhar de que celebridade eram os seios mostrados em uma foto.
Diariamente, as mulheres brasileiras são vítimas de agressão sexual, violência doméstica e abuso emocional. Recentemente, o metrô de São Paulo foi palco de uma onda de abusos sexuais contra mulheres.
O Brasil enfrenta graves problemas em relação ao tráfico de mulheres e à exploração sexual infantil. Segundo um levantamento da Unicef, cerca de 250 mil crianças são obrigadas a se prostituir no país.
Nos últimos sete anos, a Lei Maria da Penha obteve bons avanços e contribuiu para proteger as mulheres contra a violência doméstica. Mas ainda é impossível uma mulher brasileira não sentir medo ao passar por um grupo de homens de noite na rua.
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