Unidade em Campinas atende os distritos de Ouro Verde e Campo Grande.
Local ainda está com a decoração incompleta; estado faz últimos ajustes.
Sala de espera da 2º Delegacia da Mulher de Campinas (Foto: Arlete Moraes/G1) |
Anunciada em dezembro de 2011 pelo estado e depois de pelo menos dois atrasos no prazo de entrega, a 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Campinas (SP) foi inaugurada na manhã desta quinta-feira (17). O movimento ainda foi pequeno, com apenas uma ocorrência registrada. De acordo com a Polícia Civil, a intenção é "humanizar" o atendimento com acompanhamento de psicólogos e assistentes sociais, que serão disponibilizados através de convênios com universidades. No entanto, os profissionais ainda não estão disponíveis e a decoração da unidade está incompleta, com ausência de cartazes e quadros para orientar e dar apoio às vítimas.
A unidade será responsável por atender as demandas dos distritos de Campo Grande e Ouro Verde, que representam 60% dos casos de violência contra a mulher no município. A abertura da DDM ocorreu após uma série de prazos descumpridos pela Polícia Civil com justificativas como déficit de funcionários e necessidade de adequações no imóvel, onde também fica a 2ª Delegacia Seccional do município - inaugurada em março de 2014.
O titular da 2ª Seccional, José Henrique Ventura, afirmou que a Polícia Civil ainda realiza detalhes técnicos como o cadastramento de funcionários. A unidade vai atender a uma população estimada em 800 mil pessoas. "É uma área onde existe uma concentração grande de casos e essas vítimas todas tinham que se deslocar até o Centro. Agora a DDM está mais perto e também tem linhas de ônibus diretas até o local", disse.
Sobre a ausência de cartazes, quadros e profissionais de apoio, o delegado afirmou que a unidade está passando por últimos ajustes: "Os psicólogos e os assistentes sociais logo serão disponibilizados pelos convênios com as universidades. No caso da decoração, nós também já estamos providenciando os quadro e cartazes", afirmou.
Delegada titular, Maria Helena Jóia, terá outras duas delegadas assistentes (Foto: Arlete Moraes/G1) |
Raio-x
A 2ª DDM de Campinas está localizada na Rua Oswaldo Oscar Barthelson, 730, no Jardim Londres, no prédio da 2ª Seccional. O atendimento será das das 9h às 18h, de segunda a sexta, e aos finais de semana vai funcionar em esquema de plantão. No total, são 17 funcionários, entre eles três delegadas - uma titular e duas assistentes.
De acordo com a delegada titular, Maria Helena Joia, os funcionários são experientes e foram treinados para dar acolhimento as vítimas. Segundo ela, na maioria das vezes, as mulheres ainda sentem vergonha de relatar qualquer tipo de violência sofrida ou não gostam de relembrar o episódio nem para prestar depoimento à Polícia Civil.
"O principal problema que ainda temos é a dificuldade que as mulheres têm de expor esse problema. E nós temos profissionais treinador para fazer esse acolhimento e esse atendimento humanizado. A mulher vai poder escolher como ela quer ser atendida e nós vamos atender a essa solicitação", contou.
Demanda
Em entrevista ao G1 em outubro, o presidente do Sinpol, Aparecido Lima de Carvalho, afirmou que a única DDM, que fica no bairro Bonfim, estava sobrecarregada e não conseguia dar conta de todos os inquéritos. “O escrivão não consegue resolver os crimes e a única coisa que ele faz é pedir cada vez mais prazo”, disse.
Prazos
Anunciada em 2011, a delegacia deveria ter ficado pronta em 2014, quando foi inaugurada a 2ª Seccional. No entanto, o prazo não foi cumprido e, em agosto deste ano, a SSP afirmou que o imóvel estaria pronto para funcionamento em setembro, depois outubro, mas novamente a nova data não foi cumprida.
*Colaborou sob a supervisão de Marcello Carvalho
De acordo com a delegada titular, Maria Helena Joia, os funcionários são experientes e foram treinados para dar acolhimento as vítimas. Segundo ela, na maioria das vezes, as mulheres ainda sentem vergonha de relatar qualquer tipo de violência sofrida ou não gostam de relembrar o episódio nem para prestar depoimento à Polícia Civil.
"O principal problema que ainda temos é a dificuldade que as mulheres têm de expor esse problema. E nós temos profissionais treinador para fazer esse acolhimento e esse atendimento humanizado. A mulher vai poder escolher como ela quer ser atendida e nós vamos atender a essa solicitação", contou.
Demanda
Em entrevista ao G1 em outubro, o presidente do Sinpol, Aparecido Lima de Carvalho, afirmou que a única DDM, que fica no bairro Bonfim, estava sobrecarregada e não conseguia dar conta de todos os inquéritos. “O escrivão não consegue resolver os crimes e a única coisa que ele faz é pedir cada vez mais prazo”, disse.
Prazos
Anunciada em 2011, a delegacia deveria ter ficado pronta em 2014, quando foi inaugurada a 2ª Seccional. No entanto, o prazo não foi cumprido e, em agosto deste ano, a SSP afirmou que o imóvel estaria pronto para funcionamento em setembro, depois outubro, mas novamente a nova data não foi cumprida.
*Colaborou sob a supervisão de Marcello Carvalho
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