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sábado, 19 de novembro de 2016

Solução da crise pode estar na nova geração digital de idosos

Por Katherine Rivas, especial para a Envolverde
16/11/2016
As vovloggers fazem parte de uma nova geração de idosos que não se sente representado com a imagem que a mídia expressa sobre envelhecer. Com 80 anos e aposentada desde 1989, a rotina de Lilian inclui a prática continua de esportes, ela competirá em breve na cidade de Uberlândia na categoria máster natação. Neuza de 81 anos tem um contato muito próximo com as mídias digitais, desde Facebook, Skype até aplicativos de investimentos. Ela compartilha os conhecimentos digitais com um grupo de 15 amigas. Para as vovloggers, conhecidas assim desde sua aparição nas propagandas do Itaú e entrevistas com blogueiros, é necessário que o mundo transforme a imagem das pessoas idosas mostrando que elas são ativas e precisam praticar esportes.
O Banco Itaú promoveu em parceria com a Natura e a Nestlé uma pesquisa sobre as tendências comportamentais da terceira idade (mais de 60 anos). O estudo denominado “60+, um novo paradigma” foi realizado pelo grupo Eureka e entrevistou mais de 200 pessoas do Nordeste até a região Sul do país.
O estudo revela que as gerações no Brasil estão passando por transformação e hoje o mundo não é mais dos jovens e sim dos maduros, que são maioria. O objetivo é mudar o tabu da velhice como fim da produtividade.

A pesquisa apontou a existência de três etapas após os 60 anos conhecidas como maturescência (60 anos), maturidade (70 anos) e velhice (80 a mais anos). De acordo com o estudo o envelhecimento torna-se notório para os homens com a aposentadoria e nas mulheres com a menopausa. Uma das preocupações principais nesta etapa é envelhecer de forma autônoma sem depender do círculo familiar e lidar com a tecnologia. O prazer do público com mais de 60 anos não está mais no ócio e sim em se manter ativo e com bem-estar mental.
As pessoas idosas se sentem mal representadas na mídia, que trata a velhice como um tabu e não como um processo, da mesma forma manifestam seu descontentamento com a forma infantil de serem tratados na sociedade com o uso de diminutivos tais como “lindinho”, “senhorinha”, entre outros.
A pesquisa comprova que a velhice mudou e é necessário deixar para atrás os paradigmas. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística hoje 29,1% dos idosos ainda estão no mercado de trabalho, representam 21% do poder de compra nacional e 44% da população acima da renda média nacional. Em 30% das vivendas brasileiras existe pelo menos 1 idoso.
Luciana Nicola, superintendente de Relações Institucionais e Governamentais do Itaú Unibanco concorda com Denise e considera que as Políticas Públicas devem ter um olhar mais amplo considerando o envelhecimento ativo e não o idoso como fonte de assistência.Para Denise Hills, superintendente de Sustentabilidade do Itaú Unibanco, o desafio é adaptar os órgãos públicos com esta ideologia. Segundo ela as cidades não representam bem a mudança de que as pessoas estão vivendo mais. “A pesquisa nos permitiu entender os novos desafios dos idosos e perceber que o trabalho vai muito além de um simples empoderamento, precisamos fazer uma reconfiguração na legislação nacional e a maturidade das empresas, de forma consciente, equilibrada e conectada com a garantia de vida” afirma.
Na procura destas mudanças o Itaú participou da criação do Fundo do Conselho Nacional do Idoso em três estados e treze municípios destinando apoio a instituições com foco em qualidade de vida, esporte, cultura e formação de idosos em novas tecnologias. Um case de sucesso é a cidade de Mogi Mirim que nos últimos três anos recebeu 12 milhões de reais para estas atividades e que hoje utiliza melhor os recursos públicos colocando o idoso como prioridade.
Para os especialistas o desafio principal da nova geração de idosos é o mercado de trabalho, uma tendência que mudará mais ainda quando a próxima geração envelhecer, os millennials.

André Barros, Gerente de nutrição e inovação da Nestlé acredita que no contexto da crise a participação do idoso no mercado de trabalho contribui na experiência que muitos jovens ainda não tem. “Se a gente misturar de forma adequada essa vontade de inovar dos jovens junto a experiência e gestão de crise dos idosos, teremos a solução para sair da recessão e crescer juntos” explica. Barros considera que hoje não existe mais emprego e sim trabalho e que os constantes questionamentos dos millennials sobre o assunto permitirão a transformação da nova geração de idosos.

A expectativa dos panelistas é que em alguns anos os currículos não tenham nem idade nem gênero.

Itaú Viver Mais
Com 25 mil participantes e 18 mil vagas anuais o programa Itaú Viver Mais está presente em sete estados brasileiros (Distrito Federal, Curitiba, Porto Alegre, São Paulo, Salvador, Minas Gerais e Rio de Janeiro). O programa oferece atividades gratuitas de condicionamento físico tais como caminhadas, yoga, ginástica, dança, teatro, pilates, realizadas em parceria com shoppings. Atividades culturais e instrutivas como sessões livres de cinema, palestras e cursos sobre uso consciente do dinheiro, segurança pessoal e bancária.
O programa incentiva também os idosos a realizar voluntariado, tais como leitura para crianças. Para participar é necessário ter mais de 55 anos. As informações estão disponíveis no link www.itau.com.br/vivermais.
Atualmente 25% dos clientes do Itaú tem mais de sessenta anos. A instituição afirma que o próximo passo será a difusão massiva da pesquisa feita pela Eureka nos canais da empresa e entidades parceiras. (#Envolverde)

Envolverde

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