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terça-feira, 15 de novembro de 2016

Norah Jones: Hibridismo no DNA

por Tárik de Souza — publicado 15/11/2016

São 12 canções, das quais nove inéditas, assinadas pela solista

Aclamada, em 2002, como uma difusa diva do jazz, pelo disco Come Away With Me, adquirido por uma multidão (atuais 28 milhões de compradores), Norah Jones não sossegou no trono postiço. Além do dueto com uma inegável sumidade do ramo (Marian McPartland’s Piano Jazz With Norah Jones,em 2003), a elogiada atriz de Um Beijo Roubado, de Wong Kar-Wai, de 2007, também transitou pela country music no projeto paralelo The Little Willies, montou a banda de rock alternativa El Madmo e até associou-se ao guitarrista e cantor da banda punk Green Day, em Foreverly – Billie Joe + Norah Jones, em 2013.
O fastio do périplo estético, ou a progressiva queda nas vendas, a reconduziram ao jazz de Day Breaks. “Estou voltando às minhas influências primárias, me distanciei do piano, estava mais inspirada em compor com o violão”, comparou, na apresentação do disco. 
São 12 canções, das quais nove inéditas, assinadas pela solista. Entre os covers desponta um raro Duke Ellington, Fleurette Africaine, adornado por vocalise e o sax sacrílego de Wayne Shorter.
Outro pianista memorável do jazz, Horace Silver, fornece a terapêutica balada Peace (Quando você alcança a paz de espírito/ deixa as preocupações de fora), para mais sobrevoos do sopro de Shorter, a sólida ponderação do baixo de John Patitucci, e o remansoso piano de Norah. Ela acrescenta guitarra à estradeira Don’t Be Denied, do indômito roqueiro canadense Neil Young.
O dia amanhece na cabeça/ mas continua chovendo em seu coração, adverte a assimétrica faixa-título, de índole pop, como a acendrada Flipside. A atmosfera jazzística (Sleeping WildIt’s a Wonderful Time For Love) do CD ainda acolhe blues candentes (Tragedy, Carry On), pavimentados por órgão Hammond. O hibridismo pulsa no DNA da filha desgarrada do citarista indiano Ravi Shankar.



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