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segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Xeque-mate

“Rainha de Katwe” comove com história real de Phiona Mutesi, da infância miserável à consagração no xadrez

Celso Masson
18.11.16

Antes de disputar as primeiras partidas de xadrez, Phiona Mutesi precisou vencer a fome. A jovem nascida em Kampala, capital de Uganda, foi iniciada no jogo aos nove anos, quando procurava comida nas ruas. Sua vida cruzou com a de um missionário que, além de alimentar crianças carentes, ensinava a mover peões, bispos, torres e cavalos sobre o tabuleiro. Phiona ia às aulas apenas pelo mingau oferecido, mas pegou gosto pelo desafio, virou enxadrista e se tornou um orgulho nacional. Depois de vencer o primeiro campeonato, ela representou seu país em três Olimpíadas de xadrez.


Sua trajetória é revivida no filme “Rainha de Katwe”, da diretora indiana Mira Nair e com a atriz Madina Nalwanga no papel principal. A produção da Disney, que estreia dia 24 no Brasil, ressalta a dignidade de quem, apesar das adversidades, encontra forças para reescrever sua história. “Não reforço o clichê do homem branco que vem salvar o negro”, conta a cineasta, que mora em Uganda há quase 30 anos. Tanto assim que um dos maiores obstáculos que a garota precisou superar foi a falta de confiança no próprio potencial. “Estava na hora de vermos um filme de Hollywood positivo sobre a África feito”, completa.

IstoÉ

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