Mulheres reagem melhor à crise econômica do que os homens, apontam pesquisas
Maior flexibilidade e facilidade de adaptação estão entre as características que fazem com que as profissionais enfrentem de forma mais positiva os tempos de recessão dos EUA e Europa
REDAÇÃO ÉPOCA
Mulheres em tempos de crise: pesquisas observam menores taxas de desemprego e suicídio, além de um maior tempo de permanência no trabalho (Foto: SXC) |
Que a crise econômica provoca efeitos negativos na vida das pessoas não há dúvida. Mas a forma com a qual se enfrentam os tempos de recessão pode variar muito entre homens e mulheres. Pesquisas recentes têm apontado que profissionais do sexo feminino reagem melhor do que os colegas do sexo aposto no que diz respeito ao desemprego, desempenho no trabalho e até suicídio.
De acordo com um artigo publicado este mês pelo British Medical Journal, a cada aumento de 10% na taxa de desemprego entre os homens, há um crescimento de 1,4% nos índices de suicídio entre eles. O mesmo não acontece com as mulheres que, historicamente, apresentam uma relação bem inferior entre desemprego e suicídios. O estudo sugere que elas costumam resistir melhor a períodos de instabilidade e de crise por serem mais flexíveis e se adaptarem melhor a alternativas. “Quando perdem o emprego, as mulheres costumam procurar outro mais rapidamente e sem tanta resistência”, diz Gale Summerfield, pesquisador da Universidade de Illinois.
Outro fator importante é que, no geral, as mulheres costumam se concentrar mais na área de serviços – trabalho com crianças, limpeza e cozinha, por exemplo – setor menos afetado pela crise. Além disso, elas apresentam uma média de tempo de dedicação aos estudos maior que a dos homens.
Uma pesquisa realizada pela National Federation of Independent Business em parceria com o Center for Women’s Business Research afirma que as mulheres também se destacam no mercado empresarial. Observou-se que, durante a recessão, mais da metade das empresárias conseguiu aumentar o corpo de funcionários de suas companhias.
Outra pesquisa, desta vez da consultora Bain & Company, concluiu que crises econômicas aumentam a probabilidade de as mulheres alcançarem posições mais altas de liderança. Elas costumam permanecer mais tempo nas empresas do que os homens, o que facilita sua ascensão profissional dentro das companhias. As principais aliadas das mulheres no mercado de trabalho são sua flexibilidade e aptidão para colaborar e se adaptar a novas situações.
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