Morte de adolescente encomendada pelo Facebook choca Holanda
DA BBC BRASIL
A morte de uma adolescente por causa de uma briga com outros, conhecido como "crime do Facebook" vem comovendo a Holanda.
A acusação diz que um garoto matou Joyce Winsei Hau, 15, a pedido de um casal também adolescente, por causa de mensagens publicadas na rede social sobre o comportamento sexual deles.
O crime aconteceu em janeiro e o julgamento começou nesta semana na cidade de Arnhem, com a presença do suposto autor, identificado como Jinhua K.
A acusação pediu a pena máxima a um garoto de até 16 anos: um ano de detenção em um centro para jovens e dois anos de liberdade condicional que poderiam ser ampliados para até sete.
A presença do casal, Polly e Wesley, prevista para esta semana, foi adiada por pedido do advogado de defesa, que pediu que eles fossem examinados por psicólogos.
A sentença de Jinhua deve ser conhecida no dia 3 de setembro. Não foi divulgado quando o julgamento do casal ocorrerá.
Os julgamentos na Holanda envolvendo menores costumam ocorrer à portas fechadas, mas este acontece publicamente. Os juízes argumentaram que é do interesse da sociedade conhecer os detalhes envolvidos.
O julgamento de Polly não será público, após os relatórios apresentados por um psicólogo e um psiquiatra.
FACEBOOK
Outro elemento do caso é o papel das redes sociais. Os comentários de Joyce no Facebook contribuíram para sua morte e os três acusados também planejaram o crime pela rede social.
Polly W., de 16 anos e Wesley C., de 18, estavam furiosos com Joyce, de 15 anos. As duas meninas eram amigas até a mais nova publicar comentários sobre a outra.
A acusação diz que eles decidiram então contratar o menor Jinhua K., então com 14 anos, para matar a amiga. O pagamento teria sido menos de 100 euros (equivalente a R$ 250).
O garoto foi à casa de Joyce no dia 14 de janeiro, apunhalando-a. Ela foi hospitalizada, mas morreu dias depois. Seu pai, Chun Nam Hau, ficou ferido no ataque ao tentar defender a filha.
Ele compareceu ao tribunal na segunda-feira dizendo querer olhar os acusados nos olhos. Em carta aberta, ele pediu para que a sociedade como um todo aja para combater o problema da violência juvenil.
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