Empresas com mulheres no comando resistem melhor à crise econômica
Relatório analisou mais de 2.300 corporações durante um dos maiores colapsos financeiros da História
por Redação Galileu
Perigo constante? Mulher na direção é sinônimo de segurança e prudência //Crédito: Shutterstock
Se não for pela óbvia necessidade de igualdade entre os gêneros, que seja pelo balanço comercial no azul. Uma pesquisa, feita pelo banco suíço Credit Suisse com 2.360 empresas de todo o mundo, mostra que, nesses últimos anos de crise econômica generalizada, as corporações com mulheres na direção tiveram um desempenho bem acima daquelas totalmente dominadas por homens.
O primeiro dado que chama a atenção é o espaço que a mulherada vem galgando no mundo corporativo. Em 2005, apenas 41% das principais companhias globais tinham mulheres em sua alta cúpula. Em 2011, esse número já tinha subido para 59%. O que aconteceu entre um ano e outro? A maior crise econômica desse século. De acordo com o relatório, a desempenho das empresas com direção “mista” foi 26% melhor que a média durante a turbulência global.
São várias as possíveis explicações para esse dado. A primeira é que o equilíbrio entre homens e mulheres acabaria criando um perfil mais defensivo, menos sujeito a investimentos arriscados. Uma outra justificativa não é exatamente o tipo de coisa que as feministas gostariam de ouvir: talvez as empresas só se sintam confortáveis em contratar mulheres para a chefia quando já estão com as contas ajustadas, vivendo um momento de estabilidade. O relatório aponta ainda para o fato das mulheres normalmente serem responsáveis pelas compras da casa, aproximando-as das vontades do mercado consumidor, fator crucial para a maioria das empresas. A quarta hipótese parece ser a mais sensata, indo na linha de que qualquer ambiente rico em diversidade tem mais chance de prosperar. Seja diversidade de faixa etária, raça, nacionalidade, religião ou, nesse caso, gênero.
Essa diferença de performance, porém, só foi observada nos tempos de crise. Quando a economia global era só crescimento e lucros, entre 2005 e 2007, o desempenho das mulheres não se sobressaía tanto. Essa última estatística pode parecer contraditória, mas só confirma a essência do relatório: mulheres e homens são igualmente capazes.
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