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segunda-feira, 13 de agosto de 2012


Na Olimpíada da igualdade, mulheres puxam vitória

Mariana Lajolo

ENVIADA ESPECIAL A LONDRES

Londres 2012
Sarah Attar, 19, correu por mais de 30 segundos sozinha pela pista de atletismo do Estádio Olímpico de Londres. Era a última colocada em sua bateria dos 800 m, mas a torcida aplaudia entusiasmada.
Pela primeira vez uma mulher da Arábia Saudita disputava uma prova do atletismo nos Jogos Olímpicos.
Sarah é símbolo de um pequeno grupo silencioso de mulheres que entrou para a história nesta Olimpíada. Pela primeira vez, todos os 204 países presentes na competição levaram atletas de ambos os sexos para o evento.
E houve disputas femininas em todos os esportes.
Um marco que também se refletiu na disputa por pódios. Foram as mulheres que puxaram a campanha vitoriosa dos EUA sobre a China no quadro de medalhas.
E as norte-americanas bateram as chinesas na corrida pelo primeiro lugar dos Jogos.
Nos EUA, 58 das 104 medalhas conquistadas pertencem a mulheres. No quadro da China, 49 dos 87 pódios saíram de disputas femininas.
"Nos últimos dez, 20 anos, grande parte do sucesso que tivemos, em comparação com outros países, foi por causa das nossas mulheres. Temos orgulho disso", afirmou Scott Blackmun, CEO do Comitê Olímpico Norte-Americano.
"Temos um compromisso nacional de assegurar que as jovens tenham a chance de se envolver com o esporte. O resto do mundo tem feito o mesmo, e estamos felizes de estarmos à frente", completou.
Dos dez primeiros no quadro de medalhas, quatro países tiveram melhor desempenho feminino: EUA, China, Rússia (quarta colocada com 44 pódios femininos e 38 masculinos) e Austrália (décima, com divisão de 20 a 15).
A Olimpíada de Londres teve a maior porcentagem de atletas mulheres da história: 44% dos competidores.
Para os Jogos do Rio-2016, o Comitê Olímpico Internacional espera que esse número, enfim, alcance os 50%.
O COI pressionou países como a Arábia Saudita a levarem mulheres pela primeira vez aos Jogos de Londres.
Tessa Jowell, ministra para a Olimpíada de 2012 do governo britânico, afirmou que já existe uma campanha com as federações internacionais das modalidades para que haja um número igual de disputas para homens e mulheres em eventos futuros.
Hoje, são disputadas cerca de 30 medalhas a mais em competições masculinas dentro do programa olímpico.
"Vamos continuar a discutir com as autoridades esportivas e com os ministros de esportes [dos países que resistem a ter mulheres, como Brunei e Arábia Saudita] para melhorar essa situação", declarou o presidente do COI, Jacques Rogge.
"Vai demorar um tempo. Não teremos a situação ideal amanhã. É um trabalho de pelo menos uma década para vermos melhoras significativas. Mas a participação [das mulheres] aqui foi um marco e abriu a porta para mais."

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