21/09/2015 - por Redação Marie Claire
Rekha Kalindi, agora com 18 anos, virou ativista e luta contra o casamento infantil. No Twitter, a hashtag #StrengthToSayNo (força para dizer não, em tradução livre) já conta com milhares de compartilhamentos
Um protesto lançado da Índia acaba de tomar conta do Twitter, como parte de uma campanha que luta contra o casamento de crianças no país. Com a hashtag#StrengthToSayNo (força para dizer não, em tradução livre), a iniciativa busca jogar luz sobre a prática da união forçada e foi inspirada na história corajosa da jovemRekha Kalindi.
Aos 11 anos, a menina foi espancada pela mãe e privada de qualquer tipo de alimentação após recusar um casamento arranjado pela família. Sua irmã, então com 12 anos, já estava casada e somava quatro abortos espontâneos. Na Índia, uma em cada cinco noivas tem menos de 15 anos de idade.
Rekha, agora com 18 anos, acaba de lançar um livro de memórias, onde relata também ter sido obrigada a trabalhar desde os 4 anos para ajudar a família.
Felizmente, a jovem conseguiu um financiamento do Projeto Nacional de Trabalho Infantil em parceria com a UNICEF para ter acesso à educação escolar. A partir de então, Rekha conseguiu certa independência e se transformou em uma importante ativista. Na escola, falou abertamente sobre sua recusa em seguir os passos da irmã mais velha e ganhou uma enorme atenção midiática. Porém, suas opiniões não foram muito bem aceitas dentro de casa.
“A mãe de Rekha voltou a espancá-la violentamente e a proibiu de retornar à escola, além de privá-la da alimentação”, afirmou ao Daily Mail um representante da ONG Humanium, que luta pelos direito das crianças. “Minha mãe me puxou pelos cabelos e continuou a me bater. Eu tentei fugir, mas ela me segurava apertado com uma mão, enquanto na outra agarrava uma vara. Chorei e gritei, mas ninguém interviu”, relatou a menina em seu livro, que acaba de ser lançado pela Penguin Book e tem como o título o nome da campanha.
Aos 11 anos, a menina foi espancada pela mãe e privada de qualquer tipo de alimentação após recusar um casamento arranjado pela família. Sua irmã, então com 12 anos, já estava casada e somava quatro abortos espontâneos. Na Índia, uma em cada cinco noivas tem menos de 15 anos de idade.
Rekha, agora com 18 anos, acaba de lançar um livro de memórias, onde relata também ter sido obrigada a trabalhar desde os 4 anos para ajudar a família.
Felizmente, a jovem conseguiu um financiamento do Projeto Nacional de Trabalho Infantil em parceria com a UNICEF para ter acesso à educação escolar. A partir de então, Rekha conseguiu certa independência e se transformou em uma importante ativista. Na escola, falou abertamente sobre sua recusa em seguir os passos da irmã mais velha e ganhou uma enorme atenção midiática. Porém, suas opiniões não foram muito bem aceitas dentro de casa.
“A mãe de Rekha voltou a espancá-la violentamente e a proibiu de retornar à escola, além de privá-la da alimentação”, afirmou ao Daily Mail um representante da ONG Humanium, que luta pelos direito das crianças. “Minha mãe me puxou pelos cabelos e continuou a me bater. Eu tentei fugir, mas ela me segurava apertado com uma mão, enquanto na outra agarrava uma vara. Chorei e gritei, mas ninguém interviu”, relatou a menina em seu livro, que acaba de ser lançado pela Penguin Book e tem como o título o nome da campanha.
Com a ajuda de um professor e de um assistente do Ministério do Trabalho, ela foi autorizada a não se casar e a retomar os estudos. Agora, Rekha escreve discursos sobre trabalho infantil, educação e casamentos forçados, e ainda inspira toda a nação a se mobilizar a favor de suas causas.
“O casamento é uma escolha pessoal. Não force uma criança a se submeter a ele”, compartilhou uma apoiadora da #StrengthtoSayNo . “Porque 1/5 das noivas são crianças”, acrescentou um rapaz.
A causa ressoou principalmente entre as mulheres. Uma indiana aproveitou, inclusive, para mostrar seu apoio ao compartilhar o medo que sente em relação a sua própria segurança: “Eu ainda não posso nem andar sozinha depois das 22h, na Índia”. E um usuário da rede social ainda levantou uma questão importante: “Quando um homem força uma mulher a realizar suas vontades, a oficialização do casamento reduz a gravidade do abuso?”
Marie Claire
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