Contribua com o SOS Ação Mulher e Família na prevenção e no enfrentamento da violência doméstica e intrafamiliar

Banco Santander (033)

Agência 0632 / Conta Corrente 13000863-4

CNPJ 54.153.846/0001-90

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

O que querem as mulheres para 2018

Cinco pontos essenciais para que a vida das brasileiras seja mais justa.

Fui incumbida de uma missão extremamente nobre: pontuar necessidades para a vida da mulher brasileira em 2018. O engraçado é que, enquanto redigia o texto, me deparei com um fator horrível e, ao mesmo tempo, intrigante: tudo parecia muito básico. Como assim estamos entrando em 2018 e os homens chegam a ganhar 62,5% mais que as mulheres ocupando exatamente os mesmos cargos?
Por mais triste e deprimente que seja, reforçar esse tipo de tópico apresentando dados atuais e contundentes ajuda a termos em mente que ainda existe uma longa estrada pela frente de luta para nós. Abaixo, cinco questões políticas e sociais extremamente necessárias para que a vida das brasileiras seja mais justa no próximo ano.

Paridade salarial no fim do mês. Básico, né?

O papo de que homens e mulheres ganham o mesmo é pura lorota. Passando o olho brevemente sobre os dados divulgados pelo IBGE em 2016, a renda média dos homens brasileiros é de R$ 2.380. Já a das mulheres é de R$ 1.836. Podemos pensar que isso é por conta de cargos diferentes, mas não é. Homens chegam a ganhar 62,5% mais que as mulheres ocupando a mesma posição profissional, segundo pesquisa divulgada pela Catho este ano.

Representatividade na política nacional

O Brasil se encaixa na 154ª posição entre 193 países com relação à ocupação das mulheres nos parlamentos. Taí uma coisa que precisa melhorar. Foi um pesadelo notar somente homens brancos no primeiro ministério formado por Michel Temer. Ano de eleição, 2018 pode mudar um pouco esse game, até porque isso influencia como as pautas relacionadas às mulheres são votadas no Congresso, como o aborto.

Ter o direito de interromper uma gravidez

O Brasil dá passos pra trás quando o assunto é o aborto, uma questão de saúde pública, mas que é tratada como moral. A tal PEC 181, que fez muita mulher tomar as ruas e protestar contra a ideia de “proteger a vida desde a concepção” ficou pra 2018 e muito barulho precisará ser feito pra que ela seja revertida.

Políticas públicas para proteger vítimas e punir agressores e abusadores

É triste pensar que o repasse orçamentário destinado às políticas federais para pautas relacionadas às mulheres, à população negra e aos direitos humanos foi reduzido em 35% pelo governo federal em 2016. O Brasil ocupa o quinto lugar num ranking de 83 países com o maior índice de feminicídio, segundo dados do Mapa da Violência 2015.

Sermos cada vez menos vítimas do machismo e dos homens

Você conhece uma mulher que foi vítima de algum abuso. Eu também conheço. Você talvez seja uma dessas mulheres e eu também. O lance dos abusos e estupros praticados por passageiros de ônibus e motoristas de carro/ táxi este ano veio ainda mais à tona. Em 2016, 66% dos brasileiros presenciaram uma mulher sendo agredida física ou verbalmente, de acordo com um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Nenhum comentário:

Postar um comentário