The Huffington Post | De Carolyn Gregoire
Publicado: 24/10/2014
O estresse tem sido associado a uma série de efeitos prejudiciais para a saúde física e mental. Um dos mais preocupantes é a sua ligação com um maior risco de doenças cardíacas. De acordo com um novo estudo, o sexo de uma pessoa pode desempenhar um papel importante na forma como o estresse afeta seu coração.
Uma pesquisa recente do Centro do Coração de Duke, publicado no Journal of the American College of Cardiology, examinou 254 homens e 56 mulheres com doenças cardíacas estáveis. O estudo constatou que os sexos ocasionam diferentes reações cardiovasculares e psicológicas ao estresse mental.
Pediram aos participantes que realizassem três tarefas que produzem estresse: um teste de evocação da raiva, uma prova de matemática e um teste de desenho no espelho. Durante cada tarefa e durante períodos de descanso entre as tarefas, os pesquisadores examinaram as mudanças no coração com ecocardiografia, amostras de sangue e medição da pressão arterial e frequência cardíaca.
Os pesquisadores descobriram que os homens tinham mais alterações na pressão arterial e na frequência cardíaca, em resposta ao estresse mental, do que as mulheres. Mais mulheres, por sua vez, experimentaram uma diminuição do fluxo sanguíneo para o coração e um aumento da formação de plaquetas, o que seria o início da formação de coágulos sanguíneos. Em termos de efeitos psicológicos, as mulheres tiveram um maior aumento em emoções negativas e uma maior queda em emoções positivas do que os homens.
"A relação entre o estresse mental e doenças cardiovasculares é bem conhecida", disse em um comunicado o principal autor do estudo, Zainab Samad, MD, MHS, professor assistente de medicina do Centro Médico da Universidade de Duke. "Este estudo revelou que o estresse mental afeta a saúde cardiovascular de homens e mulheres de formas diferentes. Precisamos reconhecer estas diferenças na avaliação e no tratamento de pacientes com doenças cardiovasculares."
As conclusões do estudo refletem outras descobertas recentes, em que jovens que sofreram um ataque cardíaco recente eram mais propensos do que homens da mesma idade que tinham sofrido um ataque cardíaco, a experimentar o fluxo inadequado de sangue para o coração em resposta ao estresse emocional.
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