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sábado, 25 de outubro de 2014

De janeiro a julho, 35 jovens sofreram violência sexual em São Luís

25/10/2014

Informação é da Secretaria Municipal de Criança e Assistência Social.

Índices foram divulgados durante palestra nessa sexta-feira.

Do G1 MA
Adelino Neto,  coordenador-geral de Proteção à Infância do Ministério do Turismo  (Foto: De Jesus / O Estado)
Adelino Neto, coordenador-geral de Proteção à Infância
do Ministério do Turismo (Foto: De Jesus / O Estado)
Dados da Secretaria Municipal de Criança e Assistência Social (Semcas) mostram que, de janeiro a julho deste ano, 35 casos de violência sexual contra jovens foram registrados em São Luís. Ainda de acordo com a Semcas, este número, na prática, deve ser duas vezes maior, pois nem todas as vítimas denunciam os seus agressores. Os índices foram divulgados durante palestra promovida na tarde de ontem, no auditório do Sebrae. A informação foi publicada no jornal "O Estado do Maranhão".
Durante as atividades, foi divulgado um mapa sobre o número de casos de violência sexual elaborado pelo Mtur. De acordo com a pasta, o Maranhão é o 11º Estado no país com maior índice de registros de abusos sexuais cometidos contra crianças e adolescentes. Ainda segundo o Mtur, somente em 2014, 126 casos deste tipo de crime foram registrados.
Na palestra sobre a prevenção da exploração sexual de crianças e adolescentes, o coordenador geral de Proteção à Infância do Ministério do Turismo, Adelino Neto, destacou que, além de São Luís, a cidade de Barreirinhas também registra grande número de crimes envolvendo o abuso sexual contra os jovens. "Trata-se de crime previsto na lei e protegido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que garante punição aos infratores. Estivemos em 2014 nas principais cidades-sede da Copa do Mundo e constatamos a vinda de estrangeiros ao país única e exclusivamente para abusarem de crianças e adolescentes", destacou.
O coordenador-geral de Proteção à Infância do Ministério do Turismo, Adelino Neto, afirmou ainda que, diante do medo de represálias, por parte dos agressores, muitas vítimas se negam a efetuar a denúncia. "Aqui, no Maranhão, temos um número expressivo de denúncias, no entanto, esse índice poderia ser ainda maior, caso todos os que passaram por esta situação denunciassem. Nossas denúncias são filtradas por meio do Disque 100, que está disponível inclusive por meio de aplicativo que pode ser baixado no Apple Store ou no Google Play", disse.
O secretário-adjunto da Semcas, Rodrigo Desterro, também fez referência à quantidade de crimes deste tipo na capital maranhense. Segundo ele, são desenvolvidas políticas públicas para coibir a exploração sexual de crianças e adolescentes. "Temos feito o acompanhamento contínuo destas vítimas e desenvolvido atividades educativas, no sentido de prevenir esta prática e garantir a segurança deste público", afirmou.

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