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sábado, 18 de outubro de 2014

Professores falam de desafio em sala: 'não existe educação sem exemplo'

15/10/2014

Educadores de escolas públicas e particulares foram entrevistados pelo G1.
Relações familiares são consideradas obstáculos no aprendizado; VÍDEO.

Do G1 BA

No Dia do Professor, comemorado nesta quarta-feira (15), o G1 conversou com educadores de escolas particulares e públicas de Salvador para saber quais são os maiores desafios que eles encontram na profissão. A maior parte citou as relações familiares como maior obstáculo no aprendizado dos jovens e enfatizou os pais como fator determinante para o desempenho dos estudantes. "Às vezes a mãe está, o pai está, mas não está dando atenção ao filho. E o filho percebe essa ausência 'presente'", conta a professora Angela Gomes Bacelar.

Entre outros enfrentamentos, ela cita a diferença de idade dos alunos numa mesma sala de aula e o trabalho de inclusão de pessoas com necessidades especiais que não contam com ajuda de monitores para dar um suporte em sala. A professora Marenilce de Souza Carneiro, que trabalha em uma escola preparada para o atendimento a crianças especiais acrescenta que os próprios alunos sem necessidades especiais também fazem parte do suporte no desenvolvimento dos estudos.

"Se a gente quer atingir esse aprendizado, não é só chegar em sala de aula e ensinar. A gente precisa entender o que está acontecendo. Por que que a criança não está sabendo? O papel da escola é chamar esse menino, integrar ele e fazer com que ele se sinta cidadão, se sinta gente", acredita.

A sala multifuncional disponibiliza ensino regular, equipamentos de informática, materiais pedagógicos e de acessibilidade para a organização do espaço de atendimento educacional especializado voltado para estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação.

A professora Denise Lago de Miranda relata que uma adolescente ficou sem ir à escola e a mãe não sabia da situação da filha. "Descobrimos, em setembro, uma menina que não ia para a escola porque a vice-diretora mandou chamar a mãe. Uma mãe chegar aqui e não saber que a adolescente de 16 anos não estava vindo na escola? Mas tem muitos pais presentes também", rebate.

Para o professor de ciências Ademilton Albuquerque Costa Junior, o desafio da profissão é outro. Ele começou a lecionar com 17 anos e já trabalha como professor há 14. Ele conta que está em constante busca da atenção dos alunos por conta do alto voluma das informações, principalmente com o acesso à internet. "A informação circula muito rápido, a gente precisa estar conectado com isso e sempre nos colocando no papel do mediador, aquele que está ali para orientar", explica.

Já o professor de educação física Angelo Araújo afirma que o educador deve aliar a prática ao discurso. "Acho muito fácil educar na sala de aula, é muito fácil ser professor, mas educar é algo mais profundo, envolve muitas questões e, para mim, é certo o seguinte: não existe educação sem exemplo. Ninguém aprende com discurso. Por isso, eu acho que o professor deve ter muitas preocupações com a sua conduta, com a forma de ser, com aquilo que diz, com a forma de agir, porque com certeza, isso ele está ensinando muito mais do que ele [professor] está escrevendo no quadro negro", conta.

G1

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