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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Brasil cai 9 posições em ranking de igualdade de gênero

Credito: Agencia Brasil
Mulheres protestam por direitos no Rio de Janeiro
Há 5 horas

O Brasil caiu nove posições em um ranking de igualdade de gênero divulgado pelo "Fórum Econômico Mundial", grupo conhecido pelas reuniões que realiza em Davos.

O país aparece agora na 71ª colocação na lista. Em 2013, ocupava a 62ª posição.
A organização avaliou as diferenças entre homens e mulheres na saúde, educação, economia e indicadores políticos em 142 países.
A Islândia ocupa o topo do ranking, seguida por outros países nórdicos.
Apesar de ter mantido a igualdade entre homens e mulheres nas áreas de saúde e educação, o Brasil perdeu posições nos índices que medem participação feminina na economia e na política.
A maior queda ocorreu na avaliação que considera salários, participação e liderança feminina no mercado de trabalho.

Países com maior igualdade:

  1. 1. Islândia
  2.  
  3. 2. Finlândia
  4. 3. Noruega
  5.  
  6. 4. Suécia
  7. 5. Dinamarca
  8.  
  9. 6. Nicarágua
  10. 7. Ruanda
  11.  
  12. 8. Irlanda
  13. 9. Filipinas
  14.  
  15. 10. Bélgica
  • Menor desigualdade
  •  
  •    
  •  
  • Maior desigualdade
  •  
  •  
  • Sem dados
Neste índice, a pontuação do Brasil caiu de 0,656 para 0,649 - quanto maior perto de 1, maior a igualdade entre os gêneros. A nota zero indica desigualdade total.
BrasilNotaPosição
Participação e oportunidade econômica0,69481ª
Educação11º*
Capacitação Política0,14874ª
Saúde e Sobrevivência0,981º*
*empate
O Brasil foi da 74ª para a 81ª posição nesta lista. Segundo o relatório, houve uma "ligeira queda na igualdade salarial e renda média estimada" para mulheres no Brasil.
Apesar de estar em uma colocação pior, a nota individual do Brasil evoluiu desde que o índice começou a ser divulgado. Em 2006, a nota do país era 0,604.

Ranking político

Outro índice que fez o Brasil perdeu posições no ranking foi o de "empoderamento" político das mulheres.
O quesito contabiliza mulheres no Congresso, em posições ministeriais e na chefia de Estado.
Neste índice, o Brasil perdeu colocações na comparação com outros países, apesar de ter melhorado sua nota individual.

Países com maior igualdade:

  1. 1. Islândia
  2.  
  3. 2. Finlândia
  4.  
  5. 3. Noruega
  6.    
  7. 4. Nicarágua
  8.  
  9. 5. Suécia
  10.  
  11. 6. Ruanda
  12. 7. Dinamarca
  13.  
  14. 8. Irlanda
  15.  
  16. 9. Holanda
  17. 10. Bangladesh


  • Menor desigualdade
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  • Maior desigualdade
  •  
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  • Sem dados
A nota brasileira foi de 0,144 para 0,148. Porém, como outros países evoluíram mais, o país passou da 68ª para 74ª posição no ranking.
A curva de participação feminina na política brasileira mostra uma nítida ascensão desde a chegada da presidente Dilma Rousseff à Presidência, em 2011. Ela foi a primeira mulher a governar o país.
Em educação o Brasil atingiu a nota 1, o que significa que não há desigualdade entre homens e mulheres. A eliminação nas desigualdades na educação vem desde 2012. Na saúde, o país pontua 0,98 - o que o coloca em 1º lugar, empatado com outros países- desde o início da divulgação do ranking, em 2006.
O relatório destaca que o Brasil conseguiu fechar 70% da lacuna entre os gêneros.
Credito: AP
Apesar de ter reeleito presidente mulher, Brasil caiu na lista de participação política feminina
"A queda do Brasil em nove colocações, ficando em 71º, aconteceu mesmo tendo fechado com sucesso ambas as lacunas entre gêneros no nível educacional e de saúde e sobrevivência. Sua prioridade agora deve ser de garantir retornos em seus investimentos através do aumento da participação feminina na área de trabalho", diz o relatório.

Poucos avanços

As cinco primeiras posições do ranking são ocupadas por países nórdicos.
Em 6º lugar, aparece a Nicarágua, o país mais bem colocado da América Latina há três anos.
Logo depois, em 7º, aparece Ruanda. Segundo o relatório, o país tem "grande pontuação em termos de participação econômica e política".
Entre os países dos BRICS, a África do Sul é a mais bem colocada (18º), "devido à forte participação política". Depois do Brasil aparecem Rússia (75º), China (87º) e Índia (114º).
O documento do Fórum Econômico Mundial destaca que os avanços em todo o mundo foram pequenos. A brecha entre homens e mulheres ainda está em 60%, e em 2006 era de 56%. Nesse ritmo, levará 81 anos para o mundo fechar essa brecha completamente.
Entre os dias 27 e 29 de outubro, a BBC promove o debate "100 Women", que reúne 100 mulheres que tiveram destaque em suas áreas. O projeto traz uma série de reportagens mostrando a vida de diferentes mulheres pelo mundo. Participe do debate no Facebook e no Twitter usando a hashtag #100Women.

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