01.11.2016
Em evento no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, para debater os obstáculos à igualdade de gênero, a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, elogiou a resistência das mulheres que lutam por justiça social e por uma educação pública sem discriminação de gênero, raça e etnia
Em evento no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, para debater os obstáculos à igualdade de gênero, a representante da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman, elogiou a resistência das mulheres que lutam por justiça social e por uma educação pública sem discriminação de gênero, raça e etnia
Para discutir a atual situação da mulher no mundo e os obstáculos à igualdade de gênero, a ONU Mulheres promoveu na última sexta-feira (28) o evento “Por um Planeta 50-50 em 2030: Mulheres do Amanhã”. Palestras, performances e exibição de documentário movimentaram a tarde do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, para celebrar o empoderamento feminino.
A representante da agência das Nações Unidas, Nadine Gasman, destacou que as mulheres “são um dos principais grupos de resistência e posturas críticas em defesa da democracia e da justiça social”.
Segundo ela, para que países consigam cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que incluem a paridade entre homens e mulheres, “temos que acabar com o patriarcado”.
“Aqui (no Brasil), quero registrar as ruas tomadas pelas mulheres em defesa dos seus corpos, de seus direitos contra diversas formas de violência, contra o racismo, em defesa dos territórios indígenas, pelos direitos no campo e na floresta, pela educação pública sem discriminações de gênero, raça e etnia”, ressaltou.
O evento no Museu do Amanhã contou com uma apresentação inédita da nova campanha do ElesPorElas, movimento da ONU Mulheres para envolver homens e meninos na luta contra a desigualdade de gênero. O centro cultural que recebeu o “Planeta 50-50” aproveitou a ocasião para aderir à iniciativa.
A nova etapa do ElesPorElas apresenta depoimentos pessoais de artistas, modelos e músicos brasileiros, como Camila Pitanga, Sheron Menezzes, Bruno Gagliasso, Preta Gil e Lea T, que falam sobre machismo e preconceito.
“A gente precisa que os homens façam a sua parte”, enfatizou Nadine. Na sexta-feira, foi exibido o documentário “Precisamos falar com os homens?”, fruto de uma parceria entre a agência da ONU, o portal Papo de Homem e o Grupo Boticário. A produção aborda as consequências dos estereótipos de gênero na vida de mulheres e homens.
“O documentário mostra muito abertamente que o machismo é um problema enorme para as mulheres, mas é um problema para os homens. Os homens não são capazes de expressar suas emoções, perdem a possibilidade de aproveitar a paternidade”, explicou a representante da ONU Mulheres.
O filme foi realizado a partir de uma pesquisa que revelou que 81% dos homens consideram o Brasil um país machista. O levantamento apontou que determinados modelos de masculinidade são nocivos também para pessoas do sexo masculino, já que 66,5% dos entrevistados homens disseram não conversar com os amigos sobre medos e sentimentos. Cerca de 45% deles afirmaram que gostariam de se expressar de modo menos duro ou agressivo.
A programação do Planeta 50-50 incluiu uma série de “talks” com ativistas, blogueiras, especialistas e formadores de opinião. Palestrantes levaram para o centro cultural pautas como discriminação racial, maternidade, empreendedorismo tecnológico, representatividade em campanhas publicitárias e educação sobre gênero.
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