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sábado, 2 de dezembro de 2017

Assédio à irmã de Zuckerberg expõe ‘epidemia’ em empresas aéreas


Randi Zuckerberg disse que um passageiro em um voo lhe fez diversos comentários assediadores e que os funcionários da companhia não fizeram nada a respeito.

Por Jeff Green e Michael Sasso, da Bloomberg

1 dez 2017

Exame

A irmã de Mark Zuckerberg não é a primeira pessoa a se queixar de condutas sexuais impróprias nos aviões — um problema que um importante sindicato de comissários de bordo definiu como uma “epidemia silenciosa” que as companhias aéreas não conseguiram resolver.
Randi Zuckerberg, executiva de mídia, disse nesta semana que um passageiro em um voo da Alaska Air Group lhe fez diversos comentários assediadores e que os funcionários da companhia não fizeram nada a respeito. Em uma carta dirigida à aérea e publicada nas redes sociais, a irmã do fundador do Facebook disse que os membros da tripulação continuaram a servir bebidas alcoólicas ao cliente abusivo e disseram que ela não deveria “interpretar isso como algo pessoal”.
O relato de Zuckerberg sobre o incidente em um voo de Los Angeles a Mazatlán, no México, chamou a atenção da imprensa e a Alaska Airlines revogou temporariamente os privilégios de viagem do passageiro, enquanto aguarda uma investigação. Ainda assim, as companhias aéreas devem tomar medidas mais enérgicas para reprimir o assédio e a agressão sexual em voos, disse Sara Nelson, presidente internacional da Associação de Comissários de Bordo-CWA (AFA, na sigla em inglês).
“Evidentemente, este não é um problema só da Alaska”, afirmou Nelson em um comunicado na quinta-feira. “É um assunto de destaque na consciência nacional e este é um momento crítico para que o setor aéreo examine as medidas necessárias para enfrentar isso.”

Acusações de condutas impróprias

Nelson disse que quer uma política de tolerância zero e regulamentos específicos para resolver o problema. “Durante muito tempo, condutas inaceitáveis, como insinuações sexuais, avanços assediadores e agressões, têm sido uma epidemia silenciosa em nossa sociedade e, sem dúvida, em nossos aviões”, escreveu ela.
Uma pesquisa realizada no ano passado pela AFA com seus membros mostrou que a maioria dos comissários de bordo não tinha conhecimento de que em sua companhia aérea houvesse diretrizes escritas ou treinamentos específicos sobre este assunto, disse Nelson. O treinamento sobre assédio sexual só é obrigatório na Califórnia, em Connecticut e em Maine, embora a maioria das grandes empresas tenha capacitação pelo menos para alguns de seus funcionários.
A pesquisa com cerca de 2.000 comissários de bordo também identificou que 20 por cento dos tripulantes haviam recebido uma denúncia de agressão sexual em pleno voo de um passageiro sobre outro e que, nesses casos, as autoridades só foram contatadas ou se apresentaram no avião cerca de 40 por cento das vezes.
Em um texto publicado quinta-feira no site da Alaska Airlines, a vice-presidente de pessoal Andrea Schneider abordou um caso de assédio sexual em um voo da Alaska de Los Angeles a Mazatlán. Schneider disse que o relato foi “muito perturbador”, sem identificar o acusador.
“A segurança e o bem-estar de nossos clientes e funcionários é nossa prioridade número um”, escreveu Schneider. “Queremos que nossos clientes se sintam seguros. Como empresa, temos tolerância zero para qualquer tipo de conduta imprópria que crie um ambiente inseguro para nossos clientes e funcionários.

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