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domingo, 30 de junho de 2013

Livro conta a história de mulheres que lutaram na Guerra Civil Espanhola

DA EFE


Muito se escreveu sobre as brigadas internacionais que combateram na Guerra Civil Espanhola (1936-1939), mas muito pouco se sabe sobre as mulheres brigadistas. Uma historiadora austríaca preenche agora esse vazio com um livro sobre as combatentes estrangeiras que lutaram do lado da República.
Mais de 35 mil voluntários procedentes de cerca de 50 países chegaram à Espanha para lutar contra os militares liderados pelo general Francisco Franco. Entre eles, havia também centenas de mulheres, mas se desconhece inclusive quantas eram.

Alvaro Barrientos/Associated Press
Réplica do painel 'Guernica'(1937) de Pablo Picasso, que retrata o bombardeio sobre a cidade basca durante a Guerra Civil Espanhola
Réplica de 'Guernica' (1937) de Pablo Picasso, que retrata o bombardeio
sobre a cidade basca durante a Guerra Civil Espanhola
"Documentei a existência de 400 mulheres, mas diria que houve umas 600 ou talvez 700", explica Renée Lugschitz, que dedicou 15 anos escrevendo o livro "Luchadoras en España. Mujeres extranjeras en la Guerra Civil Española".
Cerca de um terço dos brigadistas morreu na Espanha, nas principais frentes da disputa --Madri, Guadalajara, Brunete, Teruel e rio Ebro-- até se dissiparem no final de 1938, sendo que muitos sofreram perseguição política ao voltar para seus países.
Um grande número acabou em campos de concentração na França, mas outros terminaram em prisões comunistas após a Segunda Guerra Mundial, algo que também é abordado no livro.
Desse destino, padeceram tanto homens quanto mulheres e, para Lugschitz, é fundamental acabar com estereótipos, como se elas tivessem "um papel secundário, como ajudantes dos homens. elas tiveram um papel ativo fundamental", muitas vezes na primeira linha da batalha.
"Nas poucas vezes que as mulheres aparecem, é na condição de acompanhantes de seus maridos, ou como 'anjos' que curam doentes", lamenta a historiadora, que vive grande parte do ano na cidade de Benissa, em Alicante, na Espanha.
"A maior parte delas chegou sozinha e viajou à Espanha por seu compromisso político, um ativismo pelo qual muitas sofreram perseguição em seus países de origem, especialmente onde existiam regimes fascistas no período entre guerras", afirma Lugschitz.

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