POR QUE AS MULHERES BRASILEIRAS NÃO CHEGAM À LIDERANÇA DAS EMPRESAS
CONSULTORIA FEZ ESTUDO PARA ENTENDER O MOTIVO DE APENAS 4% DAS 250 MAIORES DO PAÍS TEREM MULHERES EM SEUS PRINCIPAIS CARGOS
POR ÉPOCA NEGÓCIOS ONLINE
Apesar da enorme quantidade de mulheres extremamente qualificadas disponíveis no mercado, apenas 4% das 250 maiores empresas brasileiras têm mulheres entre seus principais cargos. O dado é alarmante e fez a consultoria Bain & Company realizar uma pesquisa para entender por que a representatividade das mulheres em altos cargos de liderança é tão baixa.
Segundo a pesquisa, os pontos-chave que impedem as mulheres de atingirem posições de liderança são:
1. Além dos já conhecidos desafios associados à percepção de prioridades conflitantes entre trabalho e vida pessoal, o estilo das mulheres é diferente dos homens e menos valorizado no mercado de trabalho;
2. Homens e mulheres reconhecem que têm estilos diferentes, mas homens veem menos obstáculos dessa diferença às chances de promoção das mulheres;
3. As empresas tendem a valorizar mais atributos tipicamente reconhecidos como masculinos (solucionar problemas, influenciar) do que aqueles mais identificados como femininos (apoiar e dar coaching).
Homens e mulheres concordam com os pontos de estilo de liderança que são mais valorizados pelas empresas: solucionar problemas, encorajar times, influenciar equipe, inspirar e delegar. Nestes quesitos, os homens são mais bem avaliados do que as mulheres. Quando a pesquisa solicitou aos entrevistados homens que avaliassem outros homens e outras mulheres nos atributos de liderança, o resultado foi que homens apareceram como mais bem capacitados que mulheres em quatro das cinco principais características citadas.
Eles acreditam que outros homens são 50% melhores que as mulheres em delegar trabalho, 37% melhores em solucionar problemas e 35% melhores em influenciar equipes. Por estes resultados, o estudo da Bain conclui: como o estilo de liderança das mulheres não é tão bem avaliado pelos homens e são eles os gestores responsáveis pelas promoções, as mulheres acabam tendo menos oportunidade na hora de uma promoção.
Segundo a consultoria, um total de 514 pessoas respondeu à pesquisa, com igual representatividade de mulheres e homens. Deste total, 42% dos entrevistados ocupa posições de gerência sênior ou executiva.
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