RD Congo: ONU exige medidas concretas contra autores de estupros
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Nos últimos dois meses, duas menores morreram em um total de nove que foram hospitalizadas, de idades entre os 18 meses e 12 anos ; relatos ligam abusos a práticas tradicionais na província do Kivu Sul.
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.
Duas entidades das Nações Unidas pediram medidas concretas por parte do governo e da comunidade para deter estupros, após uma série de episódios recentes na República Democrática do Congo, RD Congo.
Nos últimos dois meses, nove meninas de idades compreendidas entre os 18 meses e 12 anos foram hospitalizadas com sinais de violência corporal e ferimentos internos graves, no Hospital de Panzi, na província do Kivu Sul.
Problemas Psicológicos
Duas das crianças morreram e foram registadas sérias complicações de saúde entre as sobreviventes, incluindo problemas psicológicos.
O Fundo da ONU para a Infância e a Missão da organização na RD Congo, Monusco, dizem estar conscientes dos passos que têm sido tomados pelas autoridades para prender dois presumíveis implicados. Mas pedem investigações completas e que os responsáveis sejam levados à justiça.
Violência e Abusos
O Unicef e a Monusco apelam ao Estado congolês a cumprir com as suas obrigações a nível interno e no âmbito do direito internacional, em relação ao tipo de violência e de abusos.
O comunicado cita relatos de que os casos estariam ligados a práticas tradicionais nocivas perpetradas por indivíduos que sequestram as crianças das suas comunidades.
Implicações
As entidades lembram que as leis nacionais são violadas, além de se minar a realização plena dos direitos da criança, ter graves implicações na proteção dos menores, bem como na sua sobrevivência e desenvolvimento.
Ambas consideram que, embora a vontade política seja crucial para eliminar práticas sociais e culturais nocivas, é importante que haja um trabalho com as comunidades para que a ação seja abandonada.
A intenção é promover o bem-estar físico, psicológico e social das crianças, além da sua saúde, educação e desenvolvimento.
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